foto tukayana.blogspotOntem fiz a viagem de comboio mais estranha dos últimos tempos. No comboio especial das 11,08 horas. Especial porquê? Porque Tomar iria receber cerca de 500 mil pessoas e algumas seriam de Lisboa e de todas as outras terras que aproveitariam o comboio para se deslocarem a essa terra bonita e toda em festa como me foi dado ver, sentir e viver. Acordei em cima da hora e por muito que corresse, cheguei passados 2 minutos do comboio das 9,56, sair. Podre da vida fiquei, mas não esmoreci que não sou pessoa disso. Quer dizer, sou, mas arrebito no minuto a seguir. Aproveitei o tempo que afinal me faltava, para ir ao Vasco da Gama comprar pilhas. À entrada do Continente, mostrei um saco com um presente comprado por mim, para mim, oferecido pelos meus colegas e a senhora, após ter olhado, disse: Pode entrar. - Não posso não. - Não? - Trago latinhas de comida de gato compradas noutro local. - Ah. E não é que me lembrei do dia em que fui ao Rock in Rio e que quase fui de cana, Jesus Maria, xinamene, porque apitei mesmo em frente à menina da caixa e logo veio um segurança que por acaso era caboverdiano e me levou a mim e à caçula para um cubículo privado. Há episódios traumatizantes e humilhantes. Olha se eu fosse de me deixar impressionar por estas cenas andava toda atrofiadinha. Tudo por causa dumas pilhas, tudo por causa da minha mania das fotografias de trazer por casa, tudo por minha causa que não me organizo e mantive as tais pilhas tal qual as comprei no Colombo no dia anterior, e porque mudei de saco o recibo lá ficou perdido. Enfim, safei-me de boa com a minha lábia, dando música ao puto e com a caçula ajudando, claro está. Mas foi muito mau. Aqueles pares de olhos das filas ali à volta, trazendo escrito nas pupilas a palavra Gatuna, com as letras todas. E não é gatuna da minha terra nos tempos de hoje, ( não sei o que é pior, venha o diabo e escolha ), que tomam de assalto homens de cabelos brancos com idade para terem juízo e com família. Não, não é dessas. Daquelas de caçumbular nos supermercados. Que vergonha !!!!
Bem, mas depois de resolvida a questão, entrei no hipermercado e deparei-me logo com uma cena esquisitíssima. Permitam-me que seja preconceituosa, mas não fui capaz de ser de outro jeito. É que dei comigo a perguntar o que é que um homem faz num corredor cheio de pensos higiénicos e todos os afins, olhando como se precisasse muito. Ele era evax, marca continente, é, e outras. E ele ali grudado como se não houvesse nada mais interessante. Ou seria que estava ali para o engate? Naquela de escolhe não escolhe e agora que marca levo? a minha filha não me disse qual a marca, se tem ablas, se não tem, se é da noite se é dos diários. Enfim, no mínimo estranho e eu não sou de reparar nessas coisas como anormais. Depois de estar aviada fui tomar o pequeno almoço e num instante chegaram as 11 horas. Enquanto esperava pelo comboio especial e a senhora anunciava que as três últimas carruagens se destinavam aos passageiros que sairiam em Tomar percebi que há gente que nunca anda de comboio, coitados... ou...felizardos, e que se comportam de um jeito assustador. E há-os também que encaram uma saída para Tomar como um piquenicão em que desde a sandoxa, à cerveja, aos rissóis, bolo de chocolate, amendoins e outros, assim que entram no comboio desatam a abrir os sacos do farnel e aqui vai disto que é uma pressa. Quando o comboio chegou, atropelaram-se, na ânsia do melhor lugar. À janela. Virados no sentido da ida porque enjoam viajando de costas. Puxando do jornal da Caras ou da Vip assim que se sentaram, bem como do farnel. E quando passaram em Vila Franca? Como burro a olhar para um palácio, completamente deslumbrados com o Tejo ali para norte como se não tivessem o Tejo ao pé de casa. Ao meu lado a chinesa mãe e a chinesa filha jogavam às cartas, comiam entrecosto e uma saladinha com alface, milho e cenoura. As velhas da frente iam contando as desgraças uma à outra e cheias de esperança que a estação de Tomar aparecesse ao dobrar da esquina. E eu com os fones postos e escrevendo no caderno que anda sempre comigo tentei distrair-me desta viagem tão estranha. É difícil. Quando mais adiante e viradas para nós temos ainda uma mulher limando as unhas, outra comendo bolachas de baunilha barulhentamente e outra ainda, meeeeeeedo, com os olhos postos em nós cerca de 2 horas de viagem. Canário!!!! Bom, mas cheguei ao destino e permaneci ali no dito destino por muitas horas. Adorei a festa. Adorei as ruas enfeitadas. Os tabuleiros. As pessoas que conheci e aquelas com quem estive. E adorei os panachês que bebi. Bem, desde 6ª feira que a minha vida foi uma curtição. Hoje doem-me os gémeos de tanta andar, mas doem-me tanto que pareço uma aleijadinha. Mas isso não me desencoraja, pois que...vou ver os Deolinda. A Tomar...
Bem, mas depois de resolvida a questão, entrei no hipermercado e deparei-me logo com uma cena esquisitíssima. Permitam-me que seja preconceituosa, mas não fui capaz de ser de outro jeito. É que dei comigo a perguntar o que é que um homem faz num corredor cheio de pensos higiénicos e todos os afins, olhando como se precisasse muito. Ele era evax, marca continente, é, e outras. E ele ali grudado como se não houvesse nada mais interessante. Ou seria que estava ali para o engate? Naquela de escolhe não escolhe e agora que marca levo? a minha filha não me disse qual a marca, se tem ablas, se não tem, se é da noite se é dos diários. Enfim, no mínimo estranho e eu não sou de reparar nessas coisas como anormais. Depois de estar aviada fui tomar o pequeno almoço e num instante chegaram as 11 horas. Enquanto esperava pelo comboio especial e a senhora anunciava que as três últimas carruagens se destinavam aos passageiros que sairiam em Tomar percebi que há gente que nunca anda de comboio, coitados... ou...felizardos, e que se comportam de um jeito assustador. E há-os também que encaram uma saída para Tomar como um piquenicão em que desde a sandoxa, à cerveja, aos rissóis, bolo de chocolate, amendoins e outros, assim que entram no comboio desatam a abrir os sacos do farnel e aqui vai disto que é uma pressa. Quando o comboio chegou, atropelaram-se, na ânsia do melhor lugar. À janela. Virados no sentido da ida porque enjoam viajando de costas. Puxando do jornal da Caras ou da Vip assim que se sentaram, bem como do farnel. E quando passaram em Vila Franca? Como burro a olhar para um palácio, completamente deslumbrados com o Tejo ali para norte como se não tivessem o Tejo ao pé de casa. Ao meu lado a chinesa mãe e a chinesa filha jogavam às cartas, comiam entrecosto e uma saladinha com alface, milho e cenoura. As velhas da frente iam contando as desgraças uma à outra e cheias de esperança que a estação de Tomar aparecesse ao dobrar da esquina. E eu com os fones postos e escrevendo no caderno que anda sempre comigo tentei distrair-me desta viagem tão estranha. É difícil. Quando mais adiante e viradas para nós temos ainda uma mulher limando as unhas, outra comendo bolachas de baunilha barulhentamente e outra ainda, meeeeeeedo, com os olhos postos em nós cerca de 2 horas de viagem. Canário!!!! Bom, mas cheguei ao destino e permaneci ali no dito destino por muitas horas. Adorei a festa. Adorei as ruas enfeitadas. Os tabuleiros. As pessoas que conheci e aquelas com quem estive. E adorei os panachês que bebi. Bem, desde 6ª feira que a minha vida foi uma curtição. Hoje doem-me os gémeos de tanta andar, mas doem-me tanto que pareço uma aleijadinha. Mas isso não me desencoraja, pois que...vou ver os Deolinda. A Tomar...
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