Alguém, adulto. Com duas crianças. Uma menina com 12 anos e um rapaz com 8. Em frente a eles, do outro lado do balcão a funcionária. A utente pede um RC. Para trabalhar com cartões de crédito. - A profissão a desempenhar? - Comercial. - Perdão?! Qual é a profissão? - Comercial. Enquanto isso, o rapazinho de 8 anos trepa pelo balcão acima e vitorioso consegue sentar-se nele a dar a dar com as pernas, na lateral do balcão. A miúda agarra na esferográfica que está atada a um cordel, para utilização do público e desata a escrevinhar em tudo o que apanha, incluindo na mão e braço. A mãe indiferente sorri patetamente tentando descobrir qual a profissão a desempenhar. A funcionária diz-lhe: Então?!!!! Não pode estar sentado no balcão. A mãe responde. - Ele é assim. É um macaco. A funcionária diz: Macaco ou não, tem de sair de cima do balcão. A mãe novamente sorri e arranca-o do lugar. Ele corre para a rua. A irmã ri e boceja espreguiçando-se. A adulta, mãe destas criaturas, finalmente encontra a palavra - promotora de ........ e diz à funcionária com a maior cara de pau: A propósito, a senhora já tem o cartão ( de crédito de uma instituição bancária )? A funcionária que já viu de tudo não queria acreditar. - Estou no meu local de trabalho, minha senhora. Naquele tom, sobretudo quando disse - minha senhora - idêntico ao que os políticos do antigamente logo após o 25 de Abril, dirigiam às jornalistas, que queriam dizer tudo menos que elas eram senhoras. A criatura lá sorriu de novo e sendo que a funcionária acha grotesco, estúpido passar a mão à frente da cara num daaaaaa... foi mesmo isto que lhe apeteceu fazer. Funcionário público sofre...
sexta-feira, 1 de julho de 2011
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