segunda-feira, 18 de julho de 2011

inconfidências

É. Eu gosto de Keane.
Não sei se é de bom tom gostar. Não me interessa. Gosto e pronto. A voz do miúdo é linda; eles tocam-me a alma. É quanto basta. Se a minha alma gosta do que é comercial?! Se calhar gosta. Mas o que gosta mesmo é que lhe passem a mão pela aura.
Não sei se já postei esta música. Também interessa pouco.
Indo eu, para um encontro de afectos, dei comigo a ouvir esta música que está gravada no MP4. Gosto de a ouvir, como todas as que lá estão e que são muitas. Tantas que já não ouvia esta, há muitas luas. Juro que gosto de keane, e com isto posso estar a enterrar-me. Porém a cada vez que a música passa, dou comigo a querer chorar. A querer lembrar. A querer fazer o número da coitadinha. Gosto de saber o porquê das coisas. Posso não chegar lá mas se chegar a algum caminho, entro nele confiante que acertei e sossego o espírito. A letra da música, pelo que eu percebo de inglês ( bahhhhhh ) não sugere as minhas lágrimas, não é dor de corno, tão pouco saudade, ou abandono de uma terra. E perda do passado muito menos, roubo material irremediável, despedidas, ou ainda acidente gravíssimo, morte de entes queridos. Então por que raio estes meninos que cantam bem e têm uma música tão bonita me provocam este estado de alma, que embora se mantenha branca, porque eu acho que apesar de gostar do vermelho, a minha alma veste um longo vestido branco, vincando a cintura (?) e caindo em vasé até ao chão, com um manto que parte dos ombros, igualmente longo, não é vestido de noiva, longe de mim tal idéia, mas estou a vê-la, a alma, e estou a vê-lo, o vestido e estou a ver-nos lindas de morrer, contudo, lá está a alma a mudar para branco pálido, triste, apenas com a audição desta música. Tenho pena dos keane. Não merecem este estado de alma.
Mas o que eu sei é que de repente estou a querer ouvir a música e chamo a carpir todas as mágoas que tenho e são algumas, daquelas que até a alma
perde o ar superior que ostenta. E vêm-me à memória dias como 4 de Janeiro, 29 de Junho, 29 de Julho, 4 de Junho, 9 de Maio, 10 de Outubro, 8 de Janeiro, 1 de Abril, 10 de Setembro, 15 de Outubro, de uns anos quaisquer, que não interessam nada, para o caso. E fica difícil disfarçar para o homem que me olha desde que entrei no Senhor Roubado até à Baixa, que até mudou de linha comigo e veio sentar-se de novo à minha frente. Como num filme com as rotações trocadas, tudo se passa em 2 minutos, mais coisa menos coisa. Depois, chega Aubrey. E fico no céu. Ganho de novo um brilhozinho nos olhos mas já não disfarço perante a criatura que me olha e não afasta o olhar de mim. Porque será que esta música me provoca uma sensação danada de boa? Também não sei. Ou sei?!!!
O dia 10 de Setembro, que acabara de fechar a sete chaves, vou buscá-lo. Troco-lhe o ano e Aubrey faz sentido. Todo o sentido.
E depois, afirmo sempre, que não há coincidências... E não. A energia do Universo é poderosa e coloca tudo nos devidos lugares.
Vou manter Nothing in my way no meu MP4 imediatamente antes de Aubrey, como estranhamente foi logo de início colocada e não foi por mim ( esquisito ). Porque eu não acredito em bruxas, mas que as há, lá isso há.

2 comentários:

maria disse...

Também gosto desta banda.
E sim, faz bem carpir.
Boa semana. bjos

Maria Clara disse...

Tudo de bom, Maria.
Beijos.