quinta-feira, 31 de março de 2011
lugares in(comuns )
Diz a minha amiga Manuela que: Um Nim é aquele que está em frente de duas casas de banho e faz pelas pernas abaixo.
Faz-me falta. Faz-me falta a minha amiga e os seus ditos e mexericos (?). Afinal Junho nunca mais chega?
quarta-feira, 30 de março de 2011
um nim
As minhas viagens têm sido monótonas e aborrecidas, entre bocejos e silêncios. Os putos andam tão sossegados que nem dou por eles. E os adultos envergam uma cor de burro quando foge, ou cor de rato castanho/cinzentão, num nem...nem... que me deprime e me dá nos nervos, porque tenho medo de ratos. Na espera do autocarro de Leiria, no acordo feito com o sr. Margarido, a miúda malcriada, a implicante do chapéu de chuva, faz-me agora uns cumprimentos rasgados e prateados nos seus dentes enlatados num aparelho dos dentes, que só me faz lembrar dentistas, brocas, cheiros, gabinetes sinistros, batas brancas, medo, muito medo...A miúda teve de cá vir, em dia de atraso, que acontece a todos, e acabou encabulada perguntando: - O TUT já passou? Como se eu não soubesse o que são miúdos! Acabei a dizer-lhe, que não, oferecendo-lhe um sorriso sem ressentimento. E estamos assim; dias e dias iguais nesta falta de andamento que me deixa nim, coisa que não gosto nem um pouco. E reflecte-se em tudo e na escrita também. E dou comigo a subir o viaduto a caminho dos seis quilómetros diários com vontade de voltar para trás e cheia de questões para as quais não tenho respostas, como, porque ando eu? porque escrevo eu? porque insisto eu? porque ainda estou eu nesta terra? porque tenho eu, o blog? E relativamente ao blog, pelo andar da carruagem nem meia dúzia o lê, deixando-me isso melancólia e fazendo-me questionar sobre a sua utilidade, para mim e para quem aqui vem. Bem, um dia destes e porque postei aqui algo que passou de boca em boca, ou melhor, de mail em mail, acabei a falar ao telefone com alguém que mora no meu coração e com quem não falava há alguns anos. Mas também ouvi a propósito de um post postado há muito pouco tempo, que isto é uma desbunda, pois conto aqui tudo o que faço e só falta contar que...enfim, não vou repetir porque não me fica bem fazê-lo, e só me rio porque não posso chorar. Guardo as lágrimas para algo que valha de facto a pena. Mas fiquei a pensar nisso tudo, numas e noutras. No que me faz escrever para além do narcisismo e do tempo para isso. E presunção e água benta que tomo a que quero. Enfim... hoje não estou para amar. Há dias que vale mais passá-los na sorna vendo, quem sabe, o programa da Júlia Pinheiro que os desocupados e conformados e outros que não cabem neste pacote seguem a par e passo. Aqui volto a formular uma pergunta: Reformo-me ou não me reformo? É mais uma das perguntas a que não sei responder.
terça-feira, 29 de março de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
este fim de semana
Se o fim de semana foi bom?! Se gastei muito dinheiro?! Se estive com os meus afectos?! Se viajei para Lisboa?! Se comi muito ou fiz dieta?! Se fiz compras e passeei?! Se fiz algo que não faça há muito tempo?! Pois. É preciso ser razoável e grata à vida. O fim de semana...ele é desejado a cada final da semana, de trabalho. E espera-se o melhor. Este correu, entre, ir ao sushi, antes que seja tarde e a crise não o permita ou mesmo a radioactividade, a andar a pé uma caminhada que foi, do Saldanha ao Chiado, numa escolha entre as solas dos sapatos e o metro ou o autocarro, porque taxi está fora de questão, e porque é preciso desmoer o tal sushi que é sempre de um exagero grosseiro mas tão saboroso... a visitar a loja A Vida Portuguesa, ah, não conhecem? Pois, fazem mal. Fica na baixa, na rua Anchieta, 11, e ali encontram artigos que pensam que já desapareceram do mercado, todos feitos em Portugal e tradicionalmente portugueses, como sabonetes de marcas antigas, caixinhas de lápis de cor, baralhos de cartas, saquinhos bordados, de cheiros, chocolates, pastilhas gorila, brinquedos de plástico, cadernos, livros, pinceis da barba, pasta de dentes couto e outras, azeite, pó de arroz, cremes de barbear do tempo em que judas perdeu as botas, e muitos mais. Ah, e também andei à chuva, num guarda-chuva para dois que molha os dois. E como não andei propriamente às compras voltei para casa de mãos a abanar. E vi televisão, esperando O Eixo do Mal. E adormeci antes enrolada numa manta, no meu sofá confortável. E acordei a tempo de ouvir o Daniel, que está muito mais magro e a Clara Ferreira Alves de cabelo muito mais escuro que antes. E mudei a hora às duas. E às quatro ainda acordada fui fazer ovos mexidos e comê-los num pão fantástico, da loja do lado, que a Marta me vendeu. E ri à gargalhada, com uma das minhas companhias preferidas, de vídeos do youtube da ignorância ridícula e vergonhosa que se não me envergonha faz-me rir. E às cinco, deitei-me. E acordei e fiz o almoço, e fui à FNAC, depois. E entrei numa loja muito conhecida, e como tenho um evento um dia destes, tentei experimentar algo desta nova estação e nada me servia, o que me fez sair foribunda da dita loja e ir apanhar o metro. No entretanto dei um abraço e beijos a quem vai estar afastado de mim mais do que é normal e entristeci. Voltei para torres novas ainda de dia. Choveu na A1. Até ao Cartaxo. Cheguei a torres novas no lusco-fusco. Se tive um bom fim de semana?! Passou-se...bem.Não me posso queixar. Nem quero. Quando se respira com os dois pulmões, é uma benção. E se tem memória. E vontade de viver. Se tive um bom fim de semana?! Sim. Claro. Quem me dera muitos como este.
domingo, 27 de março de 2011
o dia crescendo
sábado, 26 de março de 2011
no hoje que é sábado
Sábado é Sol ainda que chova
É verão ainda que primavera
É canção na tristeza que espreita
É vermelho mesmo no cinzento
Sábado é chegada ainda que viagem
É terra mesmo na memória
É dança ainda que sentada
É presente no meu respirar
Sábado és tu mesmo que ausente
É esperança da tua presença
É memória que guardo p'ra mim
Sábado é sabado
Igual, diferente,
risonho, carente,
Guloso, ardente...
Uma ilha neste mar
Mais que número, calendário
Sábado, mais que um dia,
É o meu destino
É uma escolha para eu me dar...
o meu olhar vaidoso

Gosto de aeroportos. Dos lugares de chegada e de partida. Da envolvência que isso tem. Não tenho capacidade para ver a aura de cada um, mas advinho uma aura brilhante, uma alma leve e feliz, em cada passageiro.
Sinto-me noutra dimensão quando estou num aeroporto. E gosto de estar, e observar tudo à minha volta como se fosse a primeira vez, num prazer que se lhe chamasse côr, seria vermelho, flor, seria rosa, beijo seria na boca, palavra seria concerteza paixão...
Já me cruzei no aeroporto com jogadores de futebol, jornalistas, actores, músicos, cantores.
Não que viaje muito. Na imaginação, demais, mas viajar de mala na mão, rolando por entre escadas rolantes, pequenos almoços, revistas e wcs, quem me dera que fossem muitas, as viagens. Mas nas poucas que já fiz, para além de outras figuras públicas, Sérgio Godinho e Angélico foram dois dos artistas com quem me cruzei.
E também, Adriana Calcanhoto.
Conheço-a há alguns anos, por ter entrado na minha casa e me ter encantado com a sua voz. Todos gostávamos dela.
Continuo a apreciar a sua música como da primeira vez e esperando sempre um novo trabalho. Chegou o trabalho e a cantora.
E a Ângela...Marques, a minha cria primogénita, entrevistou-a. Entrevista que saiu no Diário Econónico de hoje, no Outlook.
Disseram que foi uma boa entrevista. Que estava fixe.
Disse-me a jornalista, mais do que a filha, que tinha gostado de a entrevistar. E que ela, Adriana Calcanhoto, fora uma querida.
A filha mais do que a jornalista disse-me como quem vai ali e já vem ( por acaso até está longe ): - Não te disse? Julguei que sabias...
A entrevista foi no início da semana. A minha cria é assim. Modesta. Humilde. Isenta de vaidade. Essa, foge toda para mim, no que trata às minhas pessoas.
E hoje, sem fazer muitas ondas, mas dizendo-lhe que ia colocar aqui a notícia, resolvi escrever sobre isso numa vaidade maior do que a do uso de batons, perfumes, malas, calçado, dos elogios, poemas e por aí adiante e dizer que estou muito orgulhosa da minha cria e adoro ser mãe dela.
E por isso também gosto de evidenciar os seus predicados.
Princesa, foi só desta vez.
sexta-feira, 25 de março de 2011
letra da minha canção

Se quiseres ouvir falar de ti
Dá-me a rosa dos ventos
E eu te chamarei sul
Numa estrada p'ra além
Deste meu sul
Dá-me a flora para eu escolher
E te chamarei imbondeiro
Na sombra fresca da mulemba
Dá-me as estações do ano
E te chamarei sol, calor
Nas chuvas de trovoada
Dá-me o firmamento
E eu te chamarei céu
Luar, estrela cadente
Dá-me a kianda
E te chamarei cachoeira
Rio, foz e mar azul
Dá-me a terra
E te chamarei morro, deserto
Planalto, meu chão
Dá-me os cheiros
E te chamarei acácia
Garrida e vermelha
Bela e vaidosa
Dá-me as cores
E te chamarei tela
Tinta, paleta,
Aguarela de pintor
Dá-me os versos
E te chamarei poema
Neto, Lara, Jacinto, Aires
"meu amor da rua onze "
Dá-me a âncora
E te chamarei dongo,
Gaivota, porto de abrigo
Dá-me o continente
E te chamarei mapa
Fronteira, África
Dá-me a nacionalidade
E te chamarei pátria
Angola, sonho, coração
Dá-me o mote
E eu te chamarei
som, melodia
Minha eterna nostalgia
Letra da minha Canção...
quinta-feira, 24 de março de 2011
ele há-as...
quarta-feira, 23 de março de 2011
3º dia

Ora, mas afinal porque foi que olhei para a sombra? Porque me achei bué elegante, ( só para rir ) no meu fato de treino novinho em folha, que os outros não me servem, comprado na Modalfa. É verdade. Apesar de ser loja que não me fica com dinheirinho nenhum, desta vez teve de ser. É que esta santa terrinha não tem uma Zara, sempre é melhor, para adquirirmos uma fatiota, que seja pelo preço da chuva, para a gente armar em atleta.
Hoje foi o terceiro dia, quer dizer, a terceira noite.
Claro que não vou falar aqui das noites em que me equipo e vou por aí fora com umas amigas. Era novidade. Há dois anos que não andava com carácter quase obrigatório, seis quilómetros por noite. A partir de agora, só se acaso acontecer algo que ache valer a pena. Assim, sei lá, se nas minhas andanças encontrar um saco cheio de dinheiro, sem identidade, ou se alguém no início do viaduto me oferecer boleia. Ou ainda, se voltar a ver como ontem vi uma mulher dar uma lambada bem aviada no homem com quem vinha de automóvel e ele do nada, quer dizer, com a maior cara de tacho devolver-lha atirando-a ao chão. Já fora do automóvel. É verdade. Ainda há disto. Em plena noite, dentro da cidade. Como continuaram a briga, a polícia teve de intervir.
Bem e agora vou dormir que desde que comecei a andar adormeço bem mais cedo e durmo de um sono só. Posso não perder os excessos localizados mas que ganho em saúde, certamento que ganho.
o pedro

Conheço o Pedro desde que nasceu.
Quando conheci a sua mãe, pai e irmã, estava ele feito feto numa barriga muito grande que a mãe exibia. Depois, foram muitos anos. Diariamente. A vê-lo crescer. Foram festas, reuniões, convívios, espetáculos, rotinas.
Por força de circunstâncias várias, algumas alheias a mim, outras a vida a levar para mais longe pessoas da minha rotina diária, profissional e social, deixei de privar com esta família e sobretudo com a mãe do Pedro que foi só a magistrada com quem mais gostei de trabalhar. Com quem aprendi muito e sobretudo com quem partilhei momentos altos da minha profissão, como por exemplo, após um dia de trabalho, começar a ouvir presos em primeiro interrogatório, às seis da tarde e parar às seis e meis da manhã. Sendo que eu e as magistradas éramos mulheres. A audição de sete detidos, homens e mulheres, gente muito complicada. Ou ainda um julgamento de vinte e dois arguidos, por tráfico de droga, e que demorou quase um mês, com mais de duzentas pessoas para serem ouvidas.
Ao longo de cerca de doze a treze anos houve uma convivência para além do tribunal que permitiu conhecer o Pedro e vê-lo crescer, bem como à sua irmã que tinha uma actividade lúdica comum a uma das minhas crias.
Estivemos todos juntos num casamento há cerca de cinco anos. Ficámos na mesma mesa. O Pedro já homem feito. A sua mãe que eu não via já há algum tempo, eu por ter sido promovida e ter ido para Alcanena e ela porque foi promovida e foi para Lisboa.
Depois desse dia, nunca mais os vi. Falei com a mãe do Pedro há pouco tempo e ao telefone.
Hoje vi o Pedro. Na televisão. Não por ser filho de quem é, mas poderia ter sido esse o motivo e seria um bom motivo, mas porque faz parte do grupo " Os Golpes ".
Fiquei surpreendida. Sabia que fazia parte de uma banda. E que vieram dar um concerto a Torres Novas, sua terra natal. Mas não sabia o nome da banda.
Já aqui postei uma música dessa banda que gosto bastante.
Fiquei feliz. Por ter visto o Pedro, filho da magistrada que mais admiro profissionalmente e de quem tenho gratas memórias. O miúdo que diariamente ia ao tribunal, que foi colega dos meus filhos na escola, que estava nas nossas festas de natal, ou encontros fora do âmbito profissional mas por via disso. Que saiu de torres novas para fazer a faculdade e que ficou por Lisboa onde a mãe também vive.
Fiquei feliz porque o Pedro, fez-me voltar atrás no tempo e lembrar um tempo em que todos éramos felizes, e que funcionários, magistrados e advogados funcionavam como família e tudo era muito mais simples e honesto.
Sei que nunca mais ouvirei Os Golpes sem que me lembre do Pedro e da sua mãe M.H.F.
E lembrar-me significa sentir um grande orgulho por ter privado com estas pessoas.
actualidade

Hoje, logo após o almoço, a propósito do PEC, perguntei:
- Afinal o governo cai ou não cai?
Resposta imediata:
- Não sei de nada. Só sei que é o funeral de Artur Agostinho e que a Elizabeth Taylor morreu.
De facto, hoje para além destas duas notícias que também mexem connosco, pelo menos comigo mexem, o que eu queria mais era que o sr. presidente convocasse todos, mesmos todos a formarem governo. E a responsabilizarem-se pela salvação deste país. Acho que o povo merecia-o e aceitaria todos os sacrifícios com a responsabilidade de tirar o pé da lama. Mas esta foi uma notícia que não ouvimos.
terça-feira, 22 de março de 2011
2º dia
Foi mais rápido e melhor. Embora ao chegar ao cimo mais parecesse uma barriga de aluguer parindo, uns atrás de outros, uma ninhada, tal era a respiração que fui obrigada a fazer.
Depois correu bem.
É caso para dizer: " Já nos safemos..."
sonhar o mar
Lembrou-me o doce do jasmim. Toquei o alecrim que há na rua. Até já fiz pedidos à lua. O sol, esse, acorda antes de mim.
Já colhi papoilas da estrada e vi chegar as andorinhas, numa bela madrugada.
Já ouvi as gaivotas voarem felizes na beira-rio.
Em suma, já entrei na primavera que chegou há pouco.
Só me falta mergulhar, no azul, verde água.
Para tudo ser perfeito...
Só me falta dar-me ao Mar.
Só me falta ter o mote p'ra sonhar.
The Gift - RGB
Os the Gift com o novo trabalho. Explode.
Tenho um carinho especial por esta banda. E não é só por serem de Alcobaça.
Gosto deles. Gosto da voz extraordinária da Sónia Tavares.
É a banda que mais vezes vi actuar. Aí uma meia dúzia. Fiquem com este novo e bonito trabalho.
Tenho um carinho especial por esta banda. E não é só por serem de Alcobaça.
Gosto deles. Gosto da voz extraordinária da Sónia Tavares.
É a banda que mais vezes vi actuar. Aí uma meia dúzia. Fiquem com este novo e bonito trabalho.
segunda-feira, 21 de março de 2011
1º dia

A lua, cheia que nem um ovo, estava de namoro com a terra, coquete e lindíssima. O trânsito era mínimo, o MC Donald's estava quase vazio, e uns engraçadinhos à semelhança dos tempos do século passado, buzinaram-nos, grosseiramente, ao passarem por nós. A Avenida, junto ao rio estava sossegada e a esplanada apinhada de gente sentada como se estivesse no cinema, assistindo a um filme, via o jogo de futebol. Antes de as deixar e seguir o caminho de regresso a casa sozinha, ainda fui a tempo de sentir o aroma exalado pelas glicínias, das pérgolas do velho jardim, junto ao rio. A Primavera salientando os seus perfumes na noite de lua cheia, na cidade do Almonda. Eu participando. Subir as minhas escadas foi um esforço que me fez rir, perceber que tenho de me mexer, e muito. Tive vontade de as subir de gatas, como a Pitanga o faria, mas surpreenderia os vizinhos que logo chamariam o INEM, por isso abstive-me. Agora, estou bem. Muito bem, mesmo. Ficou " escrito " que passamos a ir todos os dias. E é para cumprir. Pelo menos quando o programa das festas não for tão interessante quanto este.
vou ali...
Andar cerca de seis quilómetros.
É hoje! É hoje!
Houve um tempo, que não foi há muito tempo que fazia isso com uma perna às costas.
Princípio de primavera. Dia da poesia...
Não poderia ter escolhido melhor dia para iniciar um longo caminho de, pé na sapatilha, boca fechada às asneiras e uma vontade imensa de me sentir melhor, porque isto está mau. Já não são só, os quilos a mais. É mesmo a saúde que já teve melhores dias.
Então vá...se conseguir subir o viaduto, sobrevivo a este primeiro embate e venho contar como foi. Se não, olhem gostei muito de aqui estar...
Então vá...se conseguir subir o viaduto, sobrevivo a este primeiro embate e venho contar como foi. Se não, olhem gostei muito de aqui estar...
o Medo não existe
Robustos, magestosos e de pé. Sempre.
Verdadeiros heróis.
Quanto mais estou com eles, menos falta me fazem as futildades desta vida.
À beira deles, o Medo não existe.
Obrigada Paula e Paulo por serem a consciência, na minha vida. E o meu desejo de me aproximar um pouco, da pessoa, que ambos são.
de noite...
de dia...
Ei-la!
Então? É desgastante ter uma gata assim em casa, não é?
Mas é muito divertido! E ela é uma querida que eu não dispenso por nada neste mundo...
Imaginem fazer destas e piores, naquela hora da manhã que tenho que me despachar e fechar a sala e o meu quarto para que não seja tudo seu.
Chamá-la, procurá-la e ela não estar nem aí para mim, burricando e agradecendo um esconderijo, para permancer nestes dois compartimentos que ela adora, o meu quarto e a sala é o que acontece quase que diariamente. Então? É desgastante ter uma gata assim em casa, não é?
Mas é muito divertido! E ela é uma querida que eu não dispenso por nada neste mundo...
no dia da poesia
Isto
Dizem que finjo ou minto
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmento sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
Dizem que finjo ou minto
Tudo o que escrevo. Não.
Eu simplesmento sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
domingo, 20 de março de 2011
a minha mousse de morango
Não sou modesta no que trata a minha queda para a cozinha. Acho que mais do que queda, é dádiva. Da avó Clara, para o pai, sô Santos, depois para mim e mano Zé e depois, logo se verá...
Vou partilhar a receita. Façam, que não custa nada. Quaisquer 15 minutos bastam para a sua elaboração. O frigorífico faz o resto.
Mousse de Morango
Uma lata de leite condensado, dois pacotes de natas, 4 folhas de gelatina, morangos quanto baste( duas latas, das de leite condensado, triturados ).
Demolhar as folhas de gelatina em água fria a tapar as folhas, e deixar ficar.
Despejar o leite condensado para uma taça e as natas, sem bater. Misturar tudo.
Triturar o correspondente a uma lata das do leite condensado, de morangos, e deitar na mistura voltando a envolver os ingredientes.
Triturar morangos correspondentes a outra lata e adoçar caso os morangos não sejam doces ( eu não adoço ). Guardar no frigorífico, ( ou fazer esta operação apenas no momento de servir a mousse com morangos frescos).
Por fim fazer ferver o correspondente a 2 decilitros de água e deitar dentro, as folhas de gelatina, mexendo bem e já depois do lume apagado. Deitar na mistura da mousse e mexer bem para que não fique em farripos. Colocar a mousse no frigorífico até ao momento de servir. Deve fazer-se com horas de antecedência para que obtenha a consistência desejada. O ideal para o almoço, é preparar na noite do dia anterior. E se fôr para o jantar, preparar à hora do almoço.
Na hora de servir, deitar o molho dos morangos triturados, por cima da mousse e enfeitar com morangos inteiros ou meios morangos, caso queira.
Bom apetite.
um domingo diferente
É domingo. Aqui em torres novas e nos arredores. Não sei a quantas andam países com outro fuso horário...
Acordei cedinho. O sol entrando-me pela casa dentro.
Avisei a Pitanga que vamos ter visitas. Ela anda louca da vida correndo por toda a casa. Até já a fui buscar ao parapeito da janela do meu quarto, que tinha aberto, esquecendo que ela estava por perto. Apanhei um belo de um susto, mas não foi o primeiro e vou-me habituando.
Hoje, tenho um propósito. Cozinhar. Talvez seja o que mais gosto de fazer na vida. Eu devia ter sido cozinheira.
Se a vida não me correr muito mal, ainda vou fazer um curso. Aliás, dois. Um será de cozinha, certamente. O outro, bem o outro, é a outra minha paixão. Fotografia.
Mas hoje, vou cozinhar com o maior amor do mundo. Para as minhas crias.
Aqui, na terra onde nasceram e cresceram.
E sabem o que vou preparar? Vou contar-vos. Se os segredos se vendessem eu estava riquíssima. Assim, não estou, mas fico aliviada.
Um pouco a pedido, vou fazer, de entrada, camarões fritos, suados, melhor dizendo, em azeite, alho e sumo de limão, receita da minha amiga Manuela. Depois, uma carne de porco à alentejana, à maneira. E de sobremesa, mousse de morangos. Feita por mim. Uma delícia...
Hoje é domingo. Dia santo. As minhas crias vêm lá. E nós vamos passar a tarde com a caçula e o herói. Melhor programa que este, para mim? Não há. Por isso hoje estou viva e feliz. É dia santo. E não vou de viagem para lado algum.
antes que...
A vila dos cavalos e do S. Martinho. A poucos quilómetros de torres novas.
Uma terra à mão de semear para onde os torrejanos e seus habitantes, como eu, vão passear, jantar e divertir-se; a sério, na Golegã as pessoas podem divertir-se.
Sendo uma terra rural, é cheia de pequenos pormenores que a tornam meio snob. Tais como as quintas antigas, pertença de gente que ali vai aos fins de semana e na Feira do cavalo, e alguns restaurantes aonde o guardanapo ainda é de pano, ou mais típicos, onde se vai comer peixe de rio, sim porque o rio passa ali à beirinha de nós.
A Golegã tem um café e restaurante no largo da Igreja que se chama Central e pertencia à D. São. Tinha como empregados alguns dos seus afilhados. Hoje já não sei se será assim.
A Golegã tem um café e restaurante no largo da Igreja que se chama Central e pertencia à D. São. Tinha como empregados alguns dos seus afilhados. Hoje já não sei se será assim.
O edifício tem dois andares. O térreo e outro. Nesse, as salas serviam para baptizados, casamentos e outros.
Um segredo que há muito deixou de ser e que não me incomoda sequer falar nele, foi, que ali foi a festa do meu casamento, que custou 74 contos.
Durante muitos anos voltei, em dias oito de cada mês, para comemorar. O ser humano tem cada coisa!...
Depois os restaurantes proliferaram e a escolha recaiu nos novos e modernos espaços e esqueci a Golegã que era um atraso de vida à época, as comemorações e até os dias oito.
Este fim de semana, que nada tem a ver com comemorações, voltei ao bife da central.
O bife à Central é famoso. Tão famoso que ali se vai propositadamente para o comer. É aparentemente banal. Mas o seu sabor e textura... vai lá vai, como se diz por aqui...
Para além de encontrarmos gente que já não viamos há muito tempo, aliás quase todas as pessoas eram de torres novas, o que vemos mesmo, é gente que perde um pouco da etiqueta e vai com o garfo cheio de batatas ao molho delicioso que ainda ficou na travessa. Quando não pega num pedaço de pão para " limpar " a dita...
O preço, enfim, estamos em crise, aliás o tema do jantar foi esse mesmo, que já não nos sai do pensamento o pec 3, 4 e o raio que os parta a todos que o que deviam era juntar-se e criarem um governo para salvarem este país que está à rasca, completamente de tanga mas que do calor de África para estar à vontadinha só nos têem a nós os africanos que aqui vivemos. Por isso, dez euros para uma refeição normal, um bife de vaca fantástico, batatas fritas, arroz e ovo estrelado ( não confundir com bitoque ) é muito? Não é, concerteza.
Para mim não foi. Se eu pagasse dez euros para exorcisar todos os lugares onde fui feliz e que hoje ainda doem e não fazem, já, sentido na minha vida, andava sempre com notas de dez euros para resolver todos esses " traumas ".
Não sei se gostam do Ribatejo. Eu acho francamente que deviam conhecer e iriam gostar, certamente. Não sei se gostam de bifes. Aqui, neste restaurante há até um menino simpático, empregado da casa, que aconselha bife e meio em vez de três meias doses, porque fica mais barato. E olhem que ele sabe do que fala e soube também que as três pessoas que ali estavam, pelo andar da carruagem, porque basta olhar para nós, nem será preciso ser um empregado muito experiente, são pessoas de alimento.
O Central tem outros pratos igualmente bons, nós é que temos a mania do bife à central. Porque a açorda de sável também é bem boa. Enfim, ninguém me paga para a publicidade mas eu gosto de partilhar o que é bom para mim. E acho que tenho bom gosto, por isso...força, metam-se a caminho. Antes que venha aí o FMI e vos tome de assalto as últimas notas de dez euros que ainda têm.
sábado, 19 de março de 2011
tarde de lazer
Há já algum tempo que não passeava por estas bandas. Cheguei, parei e gostei. E sentei-me nesta esplanada para beber uma água e conversar com a minha companhia.
Há sábados assim. No Ribatejo.
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