domingo, 6 de março de 2011

indiferente


Não sentei. Apenas gravei a imagem de luz.
Um banco com história. Outro...
Não sei, mas parece um sinal. Será um convite ao descanso?
Ou será uma piada, em época de carnaval, à estória que crio na memória futura, sempre que me sento no banco de pedra?
Porquê? Porque a história verdadeira, passada, provada no monumento que os olhos vêem e a lembrança não alcança, culpa dos séculos que já lá vão, quantas estórias como a minha, não encerra?...
Ocorre-me uma expressão da minha querida prima Leonor, outra transmontana de gema, como esta, que me tem levado aos locais mais bonitos e pitorescos do Porto, Matosinhos, Gaia e Leça da Palmeira.
Bô! Que mais faz?
Na verdade, o banco está lá. Se é um sinal, não sei. E também não ouvi contar alguma piada.
Só não quis sentar. Passei quase indiferente. Não fosse a máquina fotográfica suplicar uma ou outra imagem, e hoje, domingo de carnaval, faria vista grossa, nariz empinado e do alto de uma arrogância que o momento exige, passaria não estando nem ali...
Um banco demasiado grande. Apesar do sol, do tempo ameno e do mar a um minuto, ainda não é primavera. E tu, bem tu, insistes em não me acompanhares nesta jornada. Por isso prefiro observar o mar, o calçadão de Matosinhos, o povo nortenho em dia de lazer e festa de exagero.
Um dia destes, quando me doerem as cruzes ou simplesmente me cansar de fingir, e não tiver escapatória, ou me sento...ou me sento, e sonho sozinha um sonho à minha medida, não me fazendo rogada.
Enquanto isso, vou captando imagens. E escapando por entre os pingos da chuva, que hoje também nos brindou, mas não incomodou.

1 comentário:

nuno medon disse...

olá! linda fotografia. Vivo perto do Porto e não conheço, o local da foto, nem conheço Matosinhos muito bem. Ainda tenho que descobrir Portugal! O nosso Portugal é lindo. espero que esteja bem. Boa estadia pelo Norte e divirta-se! beijos