sábado, 10 de abril de 2010

Fantasma

Sabem quando se sentem pacíficos, incapazes de matar uma formiga?
E vêm um descendente de ancestral comum, aparentemente inofensivo, desse clã que conhecem como a palma das vossas mãos e se comporta numa realidade feia de existir numa trupe " poderosa " porém de quinta categoria, remetendo-se a silêncios?
Um silêncio que não é o silêncio dos deuses, nem de ouro.
Eu tenho um clã de " mortos " que não me olham de frente. Nos olhos.
Mas percebo-os. Se o fizessem " morreriam " de novo.
Eu enterrei-os. Mas há sábados, que ao acaso, sem sorteio prévio, penso eu, um, de outros, se transforma em fantasma e vagueia de olhos baixos, pelo meu caminho.
E eu, como estou viva mas pacificamente incapaz de actos violentos, afasto de mim estas visões do Além.

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