Parto e volto sempre ao mesmo lugar
Onde me esqueceste num sonho improvável
Numa noite que findou sem eu escrever o fim
Estou envolta nas maresias do porto salgado
Como as águas que jorram deste olhar
Cansado e louco de sonhar-te os passos
Em fúria de não te saber presente
Triste por não saber de ti
Volto sempre ao nosso lugar e espero que voltes também
Cada dia te digo adeus erguendo lenços brancos ao vento
Inventando velas, barcos e oceanos quentes e profundos
Guardei o abraço, o nosso abraço, daqueles que ninguém dá
E que não demos também
Fiquei na intenção das palavras
No chamamento das almas
E cada dia me lembro do que inventei
No calor desse abraço
De um tamanho sem tamanho
De um sentir que não existe mais
Num amor que não amei
Parto e volto sempre ao mesmo lugar
No sítio onde me deixaste
Porque é lá, que te vou sempre esperar
Um dia, eu acredito, ainda te vou abraçar...
domingo, 18 de abril de 2010
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