Há nas datas que assinalamos no calendário, com uma cruz, bem vincada, um medo do esquecimento.
Divide-se o tempo, com o antes e o depois de uma data. Os portugueses, ou quem deixou Angola, com o dia da revolução dos cravos. Ou o ano de 75, do destino forçado e chorado previamente.
Os cortes na minha alma que me marcaram nas datas, que me mudaram por fora, que me viraram do avesso, que me estreparam, que me fizeram pior, que me fizeram melhor, que me mataram e que me morreram, que me ressuscitaram, foram nestas, as datas dos outros, comuns a mim, também. Mas não foi o tempo que me divide do antes e do depois. Esse, não preciso
fazer cruz no calendário. Fizeram por mim.
E passei a dizer, antes de 2007, depois de 2007...
Há três anos isto, há três anos aquilo...
De vez em quando dou comigo a pensar que foi há tanto tempo que parece que foi pesadelo, sonho, delírio ou libertação.
E apesar de decepada...a partir de 2007, fui feliz ...
terça-feira, 13 de abril de 2010
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2 comentários:
Que bom, clarinha que assim foi. Tu mereces que a vida te seja boa.
claro k é LIBERTAÇÃO............evidente k na altura não entendeste, mas FELIZMENTE pra ti e pra mim também, hoje consegues perceber isso
PARABENS amiga pela capacidade de teres dado a volta por cima
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