sábado, 10 de abril de 2010
A caminho do divino?
Pareço manteiga derretendo num fogo que nem ateei. É o tempo modificado que a cada estação me surpreende mas espero com renovada ansiedade. E agarro-a como se fosse a única. Precioso este acumular de auroras e sois a pique no espírito inquieto e ansioso de viagens do corpo mais do que da alma.
Desnudo as rotinas e repetições. Reclamo libertações.
Um dia, uma hora, quiçá um minuto vai o tempo novo atingir-me no que tem de divindade e serei como um eclipse, como kalunga ou como uma rosa de porcelana. E a estação cumprirá a sua função.
E eu estarei em harmonia com a beleza das coisas. Acima das coisas menores.
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