Fui ao baú buscar esta música. Recuo no tempo várias décadas e sinto um suave calor invadir-me o espírito. Tenho bem presente a época em que a ouvia e a dançava nas farras de garagem e de quintal da Vila Alice. Bons tempos esses...
sábado, 30 de abril de 2011
Habib Koité - Namania
Precisava duma música assim. Nem a manhã de sábado me anina. Como sempre, vou ler o que outros escrevem. Ouvi esta fantástica música enquanto percorria um blog que gosto. E não contente com isso, trouxe-a para aqui. Não pedi autorização para a ousadia. E depois, se calhar nem se dá por isso, embora eu não goste de fazer nada às escondidas que não faça às claras. Contudo e porque sabendo eu que o youtube tem lá tudo, se não a tivesse ouvido, não a encontraria, muito obrigada blog fantástico que fez a minha manhã iniciar assim como quem me beija o coração. Bem que preciso, que o dia de ontem, foi que foi...
sexta-feira, 29 de abril de 2011
me questiono; eu mais que tu

" Tens descorado o Blog... " afirmação sem qualquer intenção, pelo menos de pedir satisfações de mão na cintura. Mas me disseram. Olho no olho. Enquanto nos lambuzávamos em pão de alho e queijo, e pizza de frango e ananás. No fim de uma tarde de temporal. Quem constatou, lê, e muito de vez em quando deixa um comentário. Nos últimos tempos, acho-me uma chatice. Acho o que escrevo, uma grande chatice. E o blog uma chatice sem tamanho. Ponderei até, colocar o ponto. Final. Sem parágrafo nem travessão. Final, de pôr um fim nisto, sem apelo nem agravo. Nem arrependimentos. Friamente. Tem sido um ano chuvoso. De temporais, uns atrás de outros. No blog não chove porque eu tenho chapéu de chuva e escapo por entre os pingos da mesma, conforme posso. Por vezes, numa esperteza saloia necessária, sem contudo deixar de ser a imagem de mim verdadeiramente verdadeira. O abstracto a que me dirijo a maior parte dos dias em que me sento no banco de pedra, tem rosto. Nunca que lhe vi, mas tem expressão. Chama-se fonte de inspiração e desafio. Elo. Fio condutor. Chega a ser a Luz que contrasta com a sombra. O sol que vai encontrar o meu mar. A lua lhe espelhando na noite morna. Albatroz nos voos rasantes pelas águas do sul, que nunca que lhe vi, nem de binóculos, nem assim, como o Deus criou. Chama-se esperança... As minhas viagens, ali que volto já daqui a pouco que nem se faz tarde e as outras de várias noites e madrugadas, que não arranco do pensamento nem que a vaca tussa, não consigo metê-las no saco. E os medos...Ah, e os recados, vou fazer como então? te quero dar, mesmo que nessa mania de não perceberes (?) que é contigo, é sim, no fundo tu já me topaste há bués, mas responde, vou fazer mais como então? Conta lá...É por essas e por outras que falta a tinta para pôr a pinta de ponto final, na ponta da palavra, neste blog chatérrimo, são mais as vezes, do que legível que valha a pena. Mas mesmo assim vou continuar nas palavras escritas, com ou sem narrativa. Não escrever no blog é um problema que tou com ele mesmo. Escrever, por escrever, é outro. Fazer mais como, então? Se pelo menos me respondesses...
quarta-feira, 27 de abril de 2011
desgovernando-nos

segunda-feira, 25 de abril de 2011
construção
domingo, 24 de abril de 2011
domingo igual a tantos outros

posando para ti
Ó p'ra mim! Aceitei posar, ainda que me sentisse uma cobaia dessa mania para a fotografia que ela tem, mas pronto, miau, miau... Em nome das latinhas gourmet, de pescado, com espinafres e salsa, fiz o sacrifício... Ah, e porque sabia que era para ti, nosso príncipe, deste mundo real. Gatoooooooooo, bom domingo de Páscoa.
sábado, 23 de abril de 2011
ocorrência

Não gosto de fiscais. De homens de fato azul escuro, camisa azul clara e gravata azul assim-assim. Homens pequenos, que não me levem a mal, mas isto tudo e a faltar-lhes altura é a cerejinha verde, em cima do bolo sem açúcar. Estes homens nunca são grandes...coisas. O poderzinho mesquinho conferido pelo degrau que insistem em subir, acima de nós, fá-los descer mais baixo na minha consideração, que a relva aparada. Por isso o rótulo. Não sei se mal, mas paciência. É visceral. Não gosto e pronto. Quer dizer, não é, pronto que embirro, e não sei explicar. Claro que sei. É pela atitude igual, sempre. O ar assumido a contrastar quase sempre com o tamanhinho minúsculo de quem se pôe em bicos de pés e se não vai pelo jeito, nem tentam, vai pela força. É essa força que me faz crescer uma coisa cá dentro, que me estou sempre a pôr a jeito de me aborrecer. Quando era pequena e via entrar pela loja dentro, um par de criaturinhas destas, fiscais da fiscalização económica, ficava possessa e ia jurar que os meus ódios de estimação nasceram e se alimentaram dia após dia, ano após ano, vendo-os como sangue-sugas, tirando vantagem de tudo até das cervejas que bebiam, porque, ai que sede, que uma cuca geladinha calhava bem agora, ou embrulhe-me um bacalhau graúdo para levar para a patroa arranjar para o Natal. E o prejuízo, ficava o sô Santos com ele, que após uma espreitadela pela goiabada que estava na vitrine e devia estar no frio, ou o preço da massambala ou painço, que desaparecera, saiam de fininho sem sequer perguntarem por contas. Porém deixando instalado o pânico. " Para a próxima queremos tudo em ordem. Não escapa ". Não gosto de fiscais. Ganhei-lhes azedume desde esse tempo. Arrogância e prepotência são palavras que envergam sem pudores, como a pele de cordeiro em corpo de lobo. Estava eu escrevendo no meu caderno de apontamentos quando subitamente vejo uma maquineta estendida para mim. Olhei e era um dos meus homens aqui descrito, e com o rigor próprio de quem já viu muito disto ao longo da vida... De novo? perguntei. Ainda agora mostrei o bilhete a um colega seu, no Saldanha. Ainda agora não, respondeu-me pondo-se em bicos de pés, pendurado na máquina e no varão mesmo ao meu lado. Eles entraram na Avenida da República, disse-me antipaticamente. Então e acha pouco? Ando tanto de autocarro e nunca mostrei o bilhete e agora por duas vezes. É desagradável. - Olhe, quando entrei para este serviço, dizia ele empertigado, olhando para mim e para uma plateia indignada como eu, éramos 280. Passávamos tudo a pente fino. As pessoas desbituaram-se é o que é. Porque os senhores deixaram de aparecer concerteza, respondi-lhe certa que encerrava a conversa ali. Trabalhamos todos os dias minha senhora. Ok, disse enfadada. Salvou-me desta criatura antipática, o Save me que saía do meu MP4 e de que eu sou fã. Ele cansou-se de mim e continuou massacrando os restantes. Não gosto de fiscais e acho que tenho razão para não gostar. Como é que chovem no molhado numa tarde de 6ª feira, feriado, com os autocarros a meio gás? C'um caneco! E naquelas 2ªs feiras apinhadas de gente, aonde é que eles andam? Não acredito nisto. Como é que passadas que foram duas ou três paragens, esta criaturinha aparece a fazer o mesmo que os outros já tinham feito???
em dia feriado
num acaso feliz

num raio de sol

Amanheço feliz, num estado de graça que nasceu comigo. Solto-me e salto a vidraça, para além desta paisagem, verde e húmida da cacimba que caiu na noite. Chove mas não me molha, não me entristece nem se faz cativa em mim. Chove porque o boletim meteorológico chovisca pingos de saber, num estudo do tempo. Que não surpreende nem revolta. É Primavera. E os elementos, num rigor que não me toca, não me queixa nem me inibe, fazem-se presentes. Sinto o cheiro da terra molhada que lembra reprodução. Florescem no monte giestas e perfumam a doce recordação de páscoas a norte de mim. Na manhã branca, semeada de cinzentos, oiço cânticos de aleluia dourando este dia num misto de saudade e aceitação. Amanhece sábado e eu amanheço também entre um raio de sol e a nuvem que chora feliz esta união. Ainda respiro na memória o sonho de toda a vida que se fez verdade na noite que acabou. Amanheço sorrindo, na gratidão...
( re ) nascimento

Era uma vez um dia de Abril, vinte e três, como hoje. O calor estava chegando ao fim. E a cidade, era Luanda. A rua, do Brasil, e a hora, pouco depois das três da tarde. Uma menina chegou a um lar onde já existiam, mãe, pai, irmão e irmã. E escolheu-os para serem a sua família. Os que já existiam receberam-na como uma princesa, e foi, é e será sempre a menina querida desta família. Parece que és adoptada. Podias ser, mas não és. Nasceste do ventre da minha mãe e eu tenho o maior orgulho de ser tua irmã. PARABENS, querida caçula. Que os dias te sejam leves, que atravesses os anos com a humildade, fé, alegria e coragem de sempre. Que tenhas muita saúde. És um ser iluminado que todos precisamos para que haja sempre Luz nas nossas vidas. Um abraço de um tamanho sem tamanho. Sê sempre feliz, campeã. Se há quem o mereça, tu és a pessoa que conheço que mais merece. Tem um bom dia de aniversário, minha querida. Beijos no coração.
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