Sempre ouvi dizer que quem não tem nada que fazer, faz colheres.
Nunca me detive em considerações acerca do ditado. Não tenho cá o avô Carvalho para me trocar por miúdos tão antiga frase.
Mas é um facto que como a minha vida anda desinteressante, escrevo sobre motoristas da rodoviária, de expressos ou de transportes urbanos. E hoje o Bruno, o rapazinho que costuma conduzir o TUT e que me olhou como se eu fosse do além, um destes dias, que foi ao meu local de trabalho, porque deve ser daqueles, há-os e muitos nos tempos que correm, que diz que " não gosto nada de entrar nestas casas ", que hei-de dizer eu que diariamente, salvo raríssimas excepções lá me mantenho à trinta e tal anos, bem, o Bruno viu-me e parou o autocarro.
Sorriu e disse: Entre. O meu colega disse-me que costuma apanhar a senhora aqui e recomendou-me que não passasse sem parar.
Eu já previra que um dia destes o motorista podia mudar, porque eu sou muito prevista e pouca coisa me escapa, e ficaria no mato sem cachorro, fazendo contas de somar nos favores quase " inzigidos " que peço ao mano Zé. Sim, porque quando fico a ver navios ligo de seguida e pergunto: Zé estás em torres novas? Ou , Zé estás aonde? E o Zé percebe logo e ri-se. Conheço-lhe o sorriso sonoro de quem já sabe que vai ter de fazer 30 quilómetros porque eu, perco a camioneta. Um dia vou recompensar o mano Zé, não sei quando, mas sei que vou.
Bem, mas cheguei a uma conclusão brilhante; afinal o sr. margarido não parece só boa pessoa. Ele é mesmo boa pessoa. E o Bruno também. E eu serei? Se calhar eles acham que sou.
Ahn?! Anh?!
Quem é que tem uma sorte dos diabos? Ou será que é dos céus, mares e terras?
É isso. E há quem não acredite que quem está comigo, está com Deus...num deus nos acuda!
1 comentário:
olá! É bom ter boas pessoas, que gostem de nós e que sejam simpáticos connosco, como o Sr. Margarido ou o Sr. Bruno o é para a Maria Clara. beijos e cont. de um bom trabalho
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