foto tukayana.blogspotChove que Deus a dá e eu posso observá-la, à chuva. E também, Olival Basto.
Dia triste e cinzento, este. Eu não saio. Vou tirar o dia para me espreguiçar, curtir a televisão, a música, o computador, a Pitanga e uma sesta. Lembro a Leonor que diz que lá na Gouveia com este tempo já acendem as lareiras.
Parece que apetece, sim. E comer chocolate. E chá. E ler. E ir buscar a manta e tapar-me até ao pescoço e ficar quieta, sem pensar nem sequer falar ou pestanejar. A ouvir o coração a bater devagar e compassadamente.
Vejo o nosso primeiro em Paris e sinto uma coisa parecida com enjôo. É o que me provoca. Mesmo sem querer. É visceral. Como gordura para a minha vesícula. Não o consigo evitar. Que é que querem? Estamos num país livre. Como? Será que estamos? Adiante.
Ontem vi a entrevista da Judite de Sousa a Paulo Macedo e senti o mesmo. E a cada hesitação deste, senti o espaço vazio da insegurança em que estes homens deixam a nossa saúde e a nossa vida.
Acho que vou sair, só mesmo para atravessar a rua e dirigir-me ao antipático da tabacaria aqui em frente, para um boletim do euromilhões, diz que são 114 milhões, jesus maria, xinamene... que a sair, me fará curar a vesícula nem que seja à força. Mudava tudo. Ia já de férias de novo. Nem que chovesse a cântaros, picaretas, potes e chouriços.
P'ra onde? Ainda se pergunta? Onde o cacimbo chega ao fim. Os dias ainda passam devagar se o quisermos, as tardes têm o perfume do frangipani, da castanha de cajú a assar, do iodo que nos chega das rochas junto ao mar azul verde esmeralda. Onde os alpendres servem para nos sentarmos a conversar na noite que se anuncia com a partida do sol vermelhando o horizonte numa festa multicor. E o fresco da noite nos acaricia a pele queimada dum dia de praia à nossa escolha. Onde há kiandas a povoarem-nos a imaginação. A memória se suplanta e reinventa momentos de felicidade. No único lugar do mundo onde eu quero acabar. Com euromilhões ou não...
Dia triste e cinzento, este. Eu não saio. Vou tirar o dia para me espreguiçar, curtir a televisão, a música, o computador, a Pitanga e uma sesta. Lembro a Leonor que diz que lá na Gouveia com este tempo já acendem as lareiras.
Parece que apetece, sim. E comer chocolate. E chá. E ler. E ir buscar a manta e tapar-me até ao pescoço e ficar quieta, sem pensar nem sequer falar ou pestanejar. A ouvir o coração a bater devagar e compassadamente.
Vejo o nosso primeiro em Paris e sinto uma coisa parecida com enjôo. É o que me provoca. Mesmo sem querer. É visceral. Como gordura para a minha vesícula. Não o consigo evitar. Que é que querem? Estamos num país livre. Como? Será que estamos? Adiante.
Ontem vi a entrevista da Judite de Sousa a Paulo Macedo e senti o mesmo. E a cada hesitação deste, senti o espaço vazio da insegurança em que estes homens deixam a nossa saúde e a nossa vida.
Acho que vou sair, só mesmo para atravessar a rua e dirigir-me ao antipático da tabacaria aqui em frente, para um boletim do euromilhões, diz que são 114 milhões, jesus maria, xinamene... que a sair, me fará curar a vesícula nem que seja à força. Mudava tudo. Ia já de férias de novo. Nem que chovesse a cântaros, picaretas, potes e chouriços.
P'ra onde? Ainda se pergunta? Onde o cacimbo chega ao fim. Os dias ainda passam devagar se o quisermos, as tardes têm o perfume do frangipani, da castanha de cajú a assar, do iodo que nos chega das rochas junto ao mar azul verde esmeralda. Onde os alpendres servem para nos sentarmos a conversar na noite que se anuncia com a partida do sol vermelhando o horizonte numa festa multicor. E o fresco da noite nos acaricia a pele queimada dum dia de praia à nossa escolha. Onde há kiandas a povoarem-nos a imaginação. A memória se suplanta e reinventa momentos de felicidade. No único lugar do mundo onde eu quero acabar. Com euromilhões ou não...
3 comentários:
vira o disco e toca o mesmo
Só ouve a mesma música quem gosta. Quem não gosta, desliga.´
Não é por nada, Clarinha mas tira-me do sério Anónimos que veem ao teu blog e não passam sem ele e depois são cobardes e invejosos.
Estás no teu direito de apagar este meu comentário, mas se fosse a ti apagava todos os anónimos invejosos. Eu era isso que fazia.
Que dor de cotovelo, rsrsrsrsrsrs.
Calma, Maria.
Anónimo é Anónimo por isso sem identidade.
Quer parecer-me que o comentário pretende dizer que apenas leu a parte do meu enjôo e da minha insegurança quanto à saúde e generaliza por isso a todos os que são governo. De hoje e de ontem.
Quer parecer-me que não estará de acordo comigo. Sorte a do Anónimo que gosta do nosso primeiro e tem a saúde resolvida. Sorte porque há-de ser uma pessoa que não está a ser prejudicada nem sente a crise. Ótimo para ele.
Mas, este espaço foi criado por mim e nele digo o que vejo, sinto, oiço e me apetece.
Por isso, minha querida, não te amofines, há pessoas que só aparecem aqui ou noutros lugares para discordarem. Mas eu não ligo porque aí sim, dou-te razão, há uma cobardia e um sentimento qualquer menos bom que os faz pronunciarem-se só para tentarem agredir.
Não apago nem um nem outro.
A liberdade exigi que eu proceda assim.
Quando me sentir de facto ofendida, não hesitarei.
Beijos, Maria.
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