No domingo passado, ali no Olival Basto ( em casa ), fui almoçar com um grupo de angolanos e não só, ao Mulemba X'Angola. À minha frente três pessoas agradáveis. Duas, conhecia de outro almoço ( homens ) e a terceira é uma menina de Angola, que afinal nasceu no concelho de Torres Novas. E eu que sempre digo, que isto é uma ervilha e é mesmo, acabamos fazendo amizade por via disso e não por via de Angola que fora o motivo que nos levara àquele almoço. É curioso o destino. A vida tem destas coisas.
Bem, mas o que venho aqui contar é algo constrangedor. Para mim, claro. Volta e meia, lá calha. Mas aguentei-me à bronca e com cara de tacho, que a vida por vezes, já é tão constrangedora que o melhor é perdoarmo-nos das gafes que cometemos, já que perdoamos as dos outros...
A página tantas, uma das criaturas, homem de cabelos e barba ( para a banga ) toda branca, que ainda anda pelos 50, penso que quase nos 60, aparece, depois de ter desaparecido da mesa da refeição, com uma menina de apenas 5, 6 anos, ao colo. A criança estava envergonhada de tanta gente desconhecida olhando para ela e agarrava-se ao seu pescoço.
Então, perguntei ao meu amigo angolano, mais propriamente de Malange: É tua neta?
- Neta? Não, filha.
Ia-me caindo tudo ao chão. Nunca tal me sucedera.
Percebo agora o que acontece às pessoas que me perguntam pelo marido, ainda hoje.
Ri-me, desmentindo o velho pai. Ainda por cima...
Ele continuava a afirmar ser o pai da menina e afinal a mãe, uma jovem, puxara duma cadeira e sentara-se ao lado do pai da sua criancinha. Ainda bem que não me ocorreu continuar o questionário pois o que me apetecia ( grande estupidez, mas foi o que pensei ) era perguntar se a jovem senhora é que era a filha.
Confesso que era o que parecia. Pai, filha e neta.
Não costumo ser assim inconveniente. Não estou habituada a estas situações.
O raio do preconceito a funcionar, eu que me digo com poucos preconceitos.
O que valeu é que o falso avô deve estar habituado, pois ralou-se pouco com o que parecia mas não era, mais com a minha pergunta inconveniente.
Este foi o episódio de domingo que me deixou bem constrangida apesar de ter disfarçado como pude.
Mas também... ele parece mais velho que o avô Carvalho quando eu tinha a idade da menina, sua filha, e este, teve dois filhos que hoje são já pais de filhos adolescentes mas que têm uma diferença de mim, sobrinha deles, de mais de 10 anos para menos.
Bem, mas o que venho aqui contar é algo constrangedor. Para mim, claro. Volta e meia, lá calha. Mas aguentei-me à bronca e com cara de tacho, que a vida por vezes, já é tão constrangedora que o melhor é perdoarmo-nos das gafes que cometemos, já que perdoamos as dos outros...
A página tantas, uma das criaturas, homem de cabelos e barba ( para a banga ) toda branca, que ainda anda pelos 50, penso que quase nos 60, aparece, depois de ter desaparecido da mesa da refeição, com uma menina de apenas 5, 6 anos, ao colo. A criança estava envergonhada de tanta gente desconhecida olhando para ela e agarrava-se ao seu pescoço.
Então, perguntei ao meu amigo angolano, mais propriamente de Malange: É tua neta?
- Neta? Não, filha.
Ia-me caindo tudo ao chão. Nunca tal me sucedera.
Percebo agora o que acontece às pessoas que me perguntam pelo marido, ainda hoje.
Ri-me, desmentindo o velho pai. Ainda por cima...
Ele continuava a afirmar ser o pai da menina e afinal a mãe, uma jovem, puxara duma cadeira e sentara-se ao lado do pai da sua criancinha. Ainda bem que não me ocorreu continuar o questionário pois o que me apetecia ( grande estupidez, mas foi o que pensei ) era perguntar se a jovem senhora é que era a filha.
Confesso que era o que parecia. Pai, filha e neta.
Não costumo ser assim inconveniente. Não estou habituada a estas situações.
O raio do preconceito a funcionar, eu que me digo com poucos preconceitos.
O que valeu é que o falso avô deve estar habituado, pois ralou-se pouco com o que parecia mas não era, mais com a minha pergunta inconveniente.
Este foi o episódio de domingo que me deixou bem constrangida apesar de ter disfarçado como pude.
Mas também... ele parece mais velho que o avô Carvalho quando eu tinha a idade da menina, sua filha, e este, teve dois filhos que hoje são já pais de filhos adolescentes mas que têm uma diferença de mim, sobrinha deles, de mais de 10 anos para menos.
2 comentários:
tu és doida mulher, isso é o prato diásrio aki na banda.....não perguntes nada aspenas observa, agora é 'normal'.......o k mais se ve por qaki são esses vovós com as 'filhas esposas' e os 'filhos netos'......
Xé!Atrevida.
O homem não bravou? Tiveste sorte.
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