Quando já estou a ficar boa, apenas uma tosse teimosa, insiste em permanecer, qual tique inconveniente e nervoso. Como carraça, não larga.
Não fosse uma coceira nos olhos como antes na garganta e estaria já caminhando para os dias de sol e calor com a maior alegria, sem protecção ou limitações. Assim, livre, ao Deus dará, que dá tudo de bom se dá calor e sol.
Mas essa coceira é uma alergia nos olhos, que o tempo não está para habilidades. Muito pólen no ar e as minhas defesas pouco defendidas depois de quase um mês com esta gripe malvada que não soube o que foi mas que me fez ir quase à pneumonia. O doutor, com cara de doutor muito assumido, bem que me disse: Porte-se bem. Daquela porta para fora você é que manda, mas se pisar o risco vai ser pior, a pneumonia está aí. Isto depois de querer saber se podia ir trabalhar. Eu nunca que faltei, um diazinho que fosse, mas sei que facilitei, porque a febre não me deixou logo.
Agora, tenho uma pequena dificuldade. Acordo com os olhos colados. Com névoa e pior, vermelhos. Aos poucos volto à normalidade e o soro fisiológico leva um andamento dos diabos. A pele descascou e pareço uma coisa que não se parece com nada.
Estou deste jeito, assim...
E deste jeito, nem consigo escrever. Nem consigo raciocinar.
Mas leio. E leio palavras que outros que não estão como eu, escrevem.
Valha-me ao menos isso. Que há quem escreva para que eu possa ler. O que vale é que a minha alergia não atinge as palavras, os textos, as emoções. E se chorar, até há-de fazer bem aos meus olhos comichosos.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
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