segunda-feira, 24 de maio de 2010

Debaixo dos nossos olhos


Ainda sobre o Rock in Rio...
Para além de ter ido, pela segunda vez, em 2006, vi o Sting e outros, e ter adorado quer nesse ano quer agora, participei e observei.
O ambiente é sempre bom. As pessoas andam satisfeitas e a idade, o sexo e a cor são pormenores sem qualquer relevo. Toda a gente anda feliz e contente, tal como se viu na Expo, no Parque das Nações.
Eu, a Mena e o João corremos tudo, pedinchámos o que havia para nos presentearem e que não nos fizesse estar em filas grandes porque para isso, o João esteve lá. No pavilhão da Vodafone, quase uma hora, para obter um sofá insuflável, que lhe permitiu sentar-se e assistir aos dois últimos concertos que nem um barão. Já nós ( eu e a Mena ) sentámo-nos no chão duro e irregular, mas bom na mesma.
O sr. presidente da Câmara de Lisboa António Costa, passeou-se pelo recinto com muita simplicidade e boa disposição. De calças de ganga e camisa azul, cantou para a sua companheira e vice-versa, ao som da voz de Rui Veloso.
Já Emídio Rangel e a sua acompanhante, uma menina bonita, de cabelos compridos, tiveram a infeliz idéia de deixarem uma mesa onde estavam sentados e eu e a Mena ocupámo-la. Só que o senhor, meu patrício, por sinal, só tinha ido buscar imperial e quando regressou, cadê o lugar? cadê? Nosso, claro, que o pavilhão dos vips era mais acima e ali o povão ocupava as mesas de bancos corridos só que houvesse uma nesgazinha. E como nós não somos de modas, foi o que fizemos. Abancamos, evidentemente. Quando nos apeteceu levantar fizemo-lo e como o senhor e a menina bonita estiveram de marcação ao ex-lugar, pareciam loucos, não fossemos nós arrependermo-nos, recuperaram os lugares.
No fim da noite, junto de nós, um homem dormia ao som da voz e da música de Elton John. Que sacrilégio! Apeteceu-me despejar-lhe a garrafa de água pela cabeça abaixo e chamar-lhe asno, mas estávamos numa de paz e harmonia e fiquei sossegadita. A cerveja que se bebeu ( não nós )permitiu que um vizinho nosso a bebesse já por palhinha, coisa que nunca, mas nunquinha na vida vi fazer. Gostos e não só, bebedeiras!
E por fim, um casal que esteve sempre junto de nós nos concertos maiores, e depois de muita conversa, acabaram dizendo que eram de Tavira. Ela algarvia e ele...bem, ele angolano.
Dá-se um pontapé numa pedra e surge um angolano. É mesmo assim. No fim da noite, o Hugo, foi buscar-nos e eu bem que agradeci. Estávamos rotíssimos. Ainda hoje me doem os gémeos.
E pronto. Foi um dia e noite muito divertidos. Já lá estava 5ª feira de novo se fosse possível, mas não, haja calma que gastei muito dinheiro este fim de semana e ainda não me saiu o euromilhóes premiado.

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