segunda-feira, 27 de agosto de 2012

diário

foto tukayana.blogspot
“ Não te atires p’rá barreira, que está cheia de pó, atira-te antes a mim, que vivo triste e só…”, cantava assim aquela a quem apelidam de “ maluca “. Veste de preto, transporta vários sacos, tem uma cor morena do sol de todo o ano, desloca-se por toda a cidade, que mais parece uma flecha  e  não se mete com ninguém, não é ruim para os miúdos, nem anda ao deus dará. O que lhe aconteceu que a tornou deste jeito, em tempos alguém mo contou mas esqueci, como me esqueço dela também. Aqui chegada vejo-a e lembro-me dela de novo. É uma figura da cidade.
O fim de semana fora de portas, quando a gente não conta, é um acontecimento único. Tudo feito em cima do joelho, às pressas, planos a alterarem-se, malas a fazerem-se e zás. Um pé na praia outro na piscina. Ambos no chão que me observou e mimou tantas vezes. O coração ao alto, a mente mandando para trás da costas o que não faz falta, o espírito gozando já de prazer, eis o fim de semana. Pródigo em surpresas.
A água do mar morna. Vento fraco na noite de 6ª feira. Uma loja de roupa em segunda mão, feira de artesanato, as esplanadas do centro repletas, muita gente nas ruas quer de dia quer à noite. Esplanada. Espreguiçadeira. Toalha de praia e protector solar. O Pedro, do restaurante, a chegar-se à mesa no primeiro dia, para cumprimentar, o que achei uma delícia. A massa com frutos do mar também estava muito boa. O bolo de chocolate com bola de gelado, divinal. E a sapateira recheada? A salada de polvo? E os camarões? O pão torrado. E a manteiga…
O pequeno almoço do hotel, bom como sempre. A piscina de fora com muita frequência. O jacuzzi óptimo.
A alegria de me saber a passar o fim de semana com ambos os meus amores.
“ Não te atires p’rá barreira, que está cheia de pó…"

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