O predio onde a minha amiga vive, esta muito bem cuidado.
Tem uma secretahria no haal de entrada, para que o porteiro ali permanessa.
Ele, um individuo, novo, alto e seco, usando uma farda da cor da sarja ( beje) anda dentro e fora, por ter um cubiculo que dah para o exterior, com televisao, onde se juntam varios guardas dali da zona.
Assim, guardam este predio e conhecem todas as pessoas que aqui vivem e quem aqui vem com frequencia, o que eh uma vantagem e um descanso para mim.Os elevadores funcionam, sempre, ha um gerador e nunca falta a luz aqui, o que eh um luxo, um privilegio.A agua tambem esta protegida porque teem bomba, para todo o predio.
A minha amiga eh conhecida como a kota brava que ameaca furar os pneus quando poem os automoveis no espaco reservado para ela o qual paga religiosamente ao dono do predio, o Sr. A. Carvalho, que conheci o ano passado, muito de fugida.
Nessa altura andava encantado por uma gatuna e preocupado com um filho que afinal nao era dele mas sim do gostoso, ele que era o gastoso.
Este homem, eh angolano branco e divide-se entre Luanda e Portugal, onde tem a familia, mulher e filhos. Ja tem idade para ter juizo, pois tem mais de 60 anos, mas segundo as historias que se contam, ha-de voltar a ser apanhado nas teias dessas meninas dengosas e interesseiras.
Subimos no elevador juntos, os tres. Eu, a Milu e ele.
A minha amiga perguntou-lhe:
Como eh Sr. Carvalho, estah tudo bem?
Tudo, respondeu num sotaque exagerado de branco de muceque. Como diz a minha amiga, Mano Carvalho, de uma familia inteira, quando se juntam com as miudas negras e passam a ser tratados assim por todos os que sao familiares dela.
Como estava intrigado com a minha presenssa e a Milu nao se descaiia, perguntou: Eh sua irmah?
Respondi: Quase.
E em unissono, respondemos: Irmah espiritual.
Estah ca de ferias ou vive ca?
A minha amiga respondeu.
E ele acrescentou: Ve-se.
Fiquei piurssa com este homem que ja achava baboso pela historia contada pelos meus amigos.
Tive que saber porque se notava que nao vivia em Luanda.
Esclareceu que eu nao tinha sotaque, dizendo-nos que quando vai a Lisboa as pessoas percebem que ele estah em Africa.
Uma conversa de xaxa que foi preciso vir uma pessoa da mesma condicao que eu, da mesma cor de pele para que eu voltasse a lembrar-me que ha uma especie de pessoas em Angola que eu abomino e este A. Carvalho, que por acaso, soh mesmo por acaso tem o nome do meu avoh, eh uma delas.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
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