Hoje de manhah fui ah Ilha. A Ilha do Cabo.
Comecei cedo na personagem de paparazi, alcunha que ganhei o ano passado.
Felismente que a par com a alcunha ganhei uma alma nova. Logo, o ano passado nasci de novo. Aqui, neste lugar.
Mas, fui ah Ilha, nao por ter nascido ou coisa que me valha mas porque queria tratar do BI.E foi descendo pelo Eixo Viahrio, o tao conhecido por Amarelas,que comecei a fotografar compulsivamente. Primeiro uma acacia, a primeira acacia florida que via,jah que o ano passado era cacimbo e ainda nao tinham flor.Depois quando cheguei ah Igreja da Nazareh, a propria, e depois pela marginal fora. Via a cidade, esta parte da cidade bonita, pela primeira vez, de dia. O tempo estava cinzento, como se fosse cacimbo, ou fosse chover, mas as nuvens fugiram para Norte, para Cacuaco.
Luanda parece a cidade mais trabalhadora, que conhesso. Tudo mexe,mas mexe mesmo e muito. O transito, medonho, eh um indicador de que a terra estah bem acordada.Os vendedores de tudo o que se possa imaginar, sao mais que as maes, pelos passeios e os mais atrevidos, mesmo no meio da rua, entre os carros que passam. Vendedeiras de mangas e bananas aos montes.
Desde S.Paulo ateh ah entrada da Ilha, porque o Arquivo de Identificassao, fica ali perto da Rotunda, aliahs, dali ve-se a Portugalia, que estah logo a seguir ah ponte, bem, dizia que desde S.Paulo e ateh ao destino, demoramos mais de meia hora. Caotico neh ?
O Tiago, este local, sabia onde era. Apesar de nao conhecer bem Luanda, eh malangino e os malanginos sao espertos.
A questao eh que nao hah lugares vagos em lado nenhum e por isso fui sozinha saber o que necessitava para tratar do tal do BI.
Ah entrada, um mar de gente, parecia noutros tempos, ah porta do Dispensario.Um individuo novo, mestisso, em voz alta ia entregando BIs e chamando pelo nome, por ordem inversa, claro. Passei por eles que me olharam, talvez admirados. Nao havia mais nenhum branco naquele espasso, o que a mim nao perturbava nadica de nada. No guicheh tres funcionarios com ar de alentejanos, tal era o descanso...
Fui bem atendida, mesmo muito bem, de tal forma que em casa e na casa da minha amiga Arminda desconfiaram, e teem para eles que foi para a gasosa, isto eh,o funcionario quer uns mil ou dois mil kuanzas pelo atendimento, quando amanhah for, daih a simpatia.
Aqui, ninguem acredita na competencia dos servissos, mas no interesse que se disponibiliza a troco de kuanzas, euros ou dolares.
Disseram-me que nao desse dinheiro algum. Que quando apanham gente de pele clara, acham que eh rica e insinuam-se e fazem crer que eh favor o que nao eh senao uma obrigassao.
Se assim for, nao sei nao, mas eu que nao sou mao de vaca, mas nao sou mesmo, vou ter que pensar bem se vai sair gorjeta.Garantiu-me que se for por volta das 8 horas da manhah, nao enfrento fila e que soh eh preciso a certidao de baptismo. O resto eh com eles.Verificou a certidao e disse que estava tudo em ordem. Sorriu e despediu-se com um ateh amanhah simpatico.
Gostei. Gostei de ver. Gostei que fosse comigo. E amanhah ainda vou ver mais.
Vou ver-me cometer uma ilegalidade sem remorsos ou culpas algumas.
Tenho um dedo que advinha.
Amanhah vos direi.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
ILHA, que saudade!... não há palavras para a descrever. Praia Sol onde morei, quando cheguei a Luanda em 30/06/68.Praia Restinga, Barracuda enfim.. e mais, que nem vale a pena mencionar porque as saudades são tantas, que já estou para aqui a chorar.bjs.celeste
Enviar um comentário