quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A Jeito!

Eu ponho-me a jeito constantemente.
Agora tenho-me andado a fazer a um colinho, a umas festas, a umas palavras que me caiam no goto.
São as fragilidades que a doença traz.
Ficou-me de miúda, quando adoecia e a minha mãe me tratava a caldos de galinha e de borracho.
Sim, de borracho.
E fruta em calda.
Adorava a fruta em calda que ia daqui para Angola.
Os pêssegos. Ai, os pêssegos eram um manjar dos deuses.
E como me sabiam bem quando estava doentinha...
Já não gosto de fruta em calda, e brrrrrrr, nem sonhar com canja de borracho!
Que nojo!
Mas com colo, ai isso, continuo a sonhar. A gostar.
Faço-me durona.
Ai e tal, não preciso de ninguém. Ou ninguém me passa cartão, mas não faz mal, eu até nem gosto de mimos...e sobrevivo sem esses gestos ridículos próprios dos fracotes, que eu sou muito forte.
Ah, pois! Mas quando me chega uma mensagem perguntando se estou melhorzinha e me tratam por princesa, pareço gelatina, abanando, abanando e fico tão molinha, que tenho dificuldade em empinar o nariz.
Tu que tens uns ares de Rainha da minha terra, Ginga, tesa, esperta, determinada, amolecendo comigo e a chamares-me Princesa! Só porque isto anda um pouco tremido, à mistura com uma gripe lixada que me apanhou descalça e trepou...
Gosto de ti, amiga GINGA, gosto mesmo de ti.

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