domingo, 3 de janeiro de 2010

Taxistas

Hoje apanhei dois taxis. Com o primeiro, nada de anormal. Era um pouco lerdo, o taxista, mas levou-se bem. Nada de observações desadequadas. Não ouvia à primeira, demorava a reagir, mas até carregou a mala, à entrada do aeroporto. Coitado, à chuva. Não era preciso tanto.Só que não dissesse uma palavra já era muito bom.
O segundo foi na volta para casa. Com sotaque do norte. Uns xs muito acentuados. Estava em fila, 3ª, mas os 2 da frente estavam já ocupados.
Ora então muito bom dia para a senhora também.
Engraçadinho. Eu chegara e perguntara-lhe se podia entrar. Assim que me sentei já estava o dito cujo a armar aos cágados, como se eu não fosse educada.
Aproximou-se um colega e deram em falar da vida dos da rua deles num tom tão jocoso que achei duma falta de respeito sem limites. Mas não tinha nada com isso e depois, só me apetecia chorar e se ele me apanhasse o fraco, estava feita.
A última coisa que disse ao colega e vizinho, foi que tinha acabado de lavar o carro.Ao que o outro se riu ofensivamente, dizendo-lhe: Foste o quê? Com esta chuva? Estás bom da cabeça?
Quando seguimos viagem perguntou-me por onde queria ir. Fico possessa com esta pergunta.Eles é que são os taxistas e eu é que indico o caminho?
Lembrei-me do motorista da Milú, o Tiago. Mas esse era de Malange.
Lá lhe disse que fosse pela 2ª circular, Campo Grande, etc, etc.
Foi fazendo sempre comentários. Ao tempo, à música, ao trânsito. E rindo e ziguezagueando na Calçada.
Apeteceu-me dizer-lhe que não estava para ali virada. Que se calasse, que se esquecesse de mim e só se lembrasse na chegada.
Quando finalmente parou, depois de lhe ter dito 3 vezes que era ao pé da farmácia e de ter insistido se era mesmo ali, disse-me com toda a lata do mundo: Ficou mesmo onde queria? Não quero que a senhora se zangue comigo e que vá dizer que o motorista não cumpriu com a sua função.
Disse-lhe que estava bem ali. Paguei.
Enganou-se no troco. Deixou-me as moedas bem na palma da mão. Disse-lhe que estava errado. Sorriu com a bocarra medonha de feia, mexeu no bigode e disse-me: Tem razão, agora tem que me dar 1 euro.
Só me apeteceu mandá-lo ver se eu estava na esquina. Mas lembrei-me dos meus filhos, que tremem quando eu respondo aos taxistas, porque o lema deles, é entrar mudo e sair calado,e ainda fiz uma careta enquanto lhe devolvia o euro, não fosse ele retirar o dinheiro e voltar a tocar aqueles dedos asquerosos, na palma da minha mão.
Quando saía do taxi ainda o ouvi desejar um resto de domingo feliz e um bom ano. Devolvi o desejo. Só pensava na torneira e na hora de lavar as mãos.
Há dias que não se pode andar de taxi. Ou são eles que estão mal, ou somos nós. Acho que hoje era mais eu...

2 comentários:

Anónimo disse...

so faltava essa arranjares um apaixonado taxista, nao k seja preconceituosa, profissao honesta como qualquer uma, mas............
ABOMINO 2 coisas nos taxistas
1o -- k resolva 'falar''conversar
20 -- k me pergunte por onde kero
ir

10 - na maior parte das vezes tou com pressa, aproveito p colocar ideias em ordem, fazer telefonemas, apontamentos(DNE nao ajuda nada), do k tenho k fazer, onde ir e a kem ligar, imagina com tudo isso aparecr um taxista a dar conversa??? kero mais eh k va pro inferno!!!caladinho eh k ta bom

2o - entao nao deviam ser eles a sugerir o caminho mais curto e rapido??????

Maria Clara disse...

Pois, então...tenho dias em que converso com eles, sobretudo se for sozinha, que a minha prol detesta que eu lhes dê conversa. Olham-me arregalando os olhos, tocam-me para eu me calar etc.Eu não acho mal, tadinhos. Mas viscosos, gordurosos, a babarem, NÃAAAAAO! E engraçadinhos? A quererem fazer piadas parvas e burras? Ai,ai,ai, fico roxa de raiva.