domingo, 31 de janeiro de 2010

Eu não posso ficar doente

Tenho uma frase, sempre presente na minha cabeça.
Como um letreiro luminoso.
EU NÃO POSSO FICAR DOENTE.
E repito-a quando chega o medo que isso aconteça.
A um sinal pequenino que seja.
EU NÃO POSSO FICAR DOENTE.
Eu não posso ficar doente.
Eu não posso...
Eu não...
Eu...
Eu sou igual a eu.
E vou de viagem.
E à minha espera a Pitanga.
E não é nem sabe ser enfermeira.
E estou com uma dor de cabeça que nem vejo, porque me doem os olhos horrivelmente, e o nariz...e pinga, pinga, pinga.
E eu fungo, fungo, fungo.
E doi-me a garganta.
E tenho arrepios...de frio, claro.
E já estou com pena de mim. E isso é mau sinal.
Queria a minha cama, lá do outro lado, já que é para lá que tenho de ir.
E tenho de enfrentar ainda 1,30 horas de caminho.
E antes disso um taxista, porque já não me atrevo a ir para o desconforto do metro.
E depois, quando chegar, tenho 15 minutos de caminho, que não vou incomodar ninguém.
E como chego de rastos, ligo o portátil e vou para a Net, ver como param as modas...para descongestionar...o meu nariz.
E se a minha amiga estiver a ler, claro que me passa um correctivo. Porque não tenho juízo nenhum.
EU NÃO POSSO FICAR DOENTE...

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