O tempo dá-nos intervalos.
Para descanso. Revitalização. Reflexão.
O que foi ontem já é passado. A chuva deixa recados.
As romãs e os diospiros de hoje, darão lugar aos morangos e às ervilhas, favas e cerejas. Lá mais para diante.
Ai as cerejas! Como é lindo o mês delas!
Quando chegarem no tempo certo, que será Primavera, já se ouvirão suspiros por praia e dias longos. Pelo Verão.
A hora mudará e os relógios acertar-se-ão.
O tempo dá-nos clareza de pensamento. Ajusta-se à mente. À pele e ao olhar.
Já hoje, entre sois e pingos de chuva miúda, vejo o monte iluminado. Como se fora um imenso prado dourado onde as ovelhas brancas das nuvens, poderão pastar.
Lá mais para a tardinha o cavalo branco vindo de nenhures, virá espreitar a cidade. Do alto da sua pose imponente. E caprichada.
E quando o céu se estrelar, mesmo à noitinha, a lua se fará grande e cheia e me sorrirá poderosa e coquete; e me banhará de prata, o serão solitário. E frio.
O tempo dá-nos tudo. Até a esperança de renovação.
Hoje já faz sol. A espaços. A chuva não custa nada. Nós é que lhe ficamos a dever.
m.c.s.
P.S. Foto da alvorada no meu kimbo
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