segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Delírio

Há noites que não se pode fechar os olhos e dormir.
Delira-se com febre.
E sonha-se.
Com a perda...isto sou eu a achar.
Que um amigo deixa de ser uma pessoa e se transforma num mosquito.
E nós ali sem podermos fazer nada. A vê-lo desintegrar-se e passar a insecto.
Com umas dimensões minúsculas e insignificantes. Com umas asas ridículas.
E voa, batendo as ditas asas, primeiro à nossa frente e depois misturando-se como os outros mosquitos que junto à luz do candeeiro fazem movimentos circulares e esquizofrénicos.
A febre quando nos domina, provoca-nos alucinações.
Delírios.
Fiquei perturbada com a facilidade com que um ser humano, de um momento para o outro passa a insecto. Bastou uma perturbaçãozita minha, uma temperatura acima dos 37 graus.
Será assim tão fácil?
Não quero ver os meus amigos à procura da luz de um candeeiro, em movimentos circulares. Nem quero ser um mosquito, nos sonhos delirantes, dos meus amigos.
Não quero ter delírios.

3 comentários:

anónimo disse...

Se te picarem sempre podes socorres-te da bomba do flit.

Maria Clara disse...

Se os amigos me picam procuro perceber a razão da ferroada. Porque os amigos costumam sempre ter razão. Mas isto foi só em sonhos, e pode não parecer, mas eu nunca minto e sonhei mesmo isto. para que conste.

maria disse...

Mas convém não esquecer o Sheltox.
ZUUUUUUUUUUUUN!Bjos e b.f.s.