Ah! Ia esquecendo uma data que pode não ser importante ( ? ), mas que é uma ternurinha na vida de uma menina, hoje, mulher feita, madura e sofrida.Disseram-me : " Tu que te lembras de tudo, e reproduzes para a escrita, vê lá se achas isto interessante e se o for, escreve sobre o meu primeiro namorado. Tinha 16 anos e ainda me lembro do dia em que alguém me disse, pela primeira vez que queria namorar comigo. Terá sido, se calhar a única vez que alguém o disse ".
Talvez por isso, porque os tempos entretanto mudaram e já ninguém " pede namoro ". Olham-se, aproximam-se, tocam-se e vão curtir. Será mesmo assim? Talvez exagere, mas que os tempos mudaram, mudaram, e ainda bem que mudaram. Contudo, acho delicioso que uma mulher tenha um coração onde armazena todos os seus amores e desamores.
E ao fim de décadas de vida e de afastamento desse primeiro namorado, que nem terá sido um grande amor, se é que foi amor, ainda se lembre que hoje, 13 de Março faz quase 40 anos que o amor lhe bateu à porta pela voz de um menino um pouco mais velho, mas um menino, assustado, desconfiado, ansioso, inibido e muito apaixonado. Por isso, aceitei e estou a adorar escrever sobre estas pessoas.
E o fantástico desta história é que esta mulher é a mesma que me relatou um episódio há pouco tempo, em que este menino, homem maduro, hoje, lhe disse ao fim de quase 40 anos, que ela fora o amor da sua vida. Vivem separados, desde essa época romântica e distante.
Porém, eu não poderia deixar passar este dia, que ainda por cima é Sábado, sem lembrar de falar de paixões, amores, namoros, vivências tão ingénuas, puras, bonitas que pessoas muito diferentes, têm o privilégio de ter vivido.
E quando alguém ao fim de tantos anos de afastamento físico, ainda consegue tocar o coração de outra pessoa, eu só tenho de me curvar humildemente, mas numa alegria sem fim por existirem pessoas na vida de outras que agarram a alma dessas outras e ali permanecem para sempre.
Parabéns Emanuel Luís, onde quer que estejas.
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