quarta-feira, 31 de agosto de 2011

na foz do rio Sabor









fotos tukayana.blogspot

hoje foi deste jeito

foto tukayana.blogspotDe Chaves até Murça a paisagem é feita de montes e mais montes, pinheiros e castanheiros. Mas tanto castanheiro, que é um regalo vê-los. É uma árvore lindíssima e carregada ainda mais bonita se torna. Parece que no tempo da flor é uma belezura. Nunca vi. Nunca sequer reparara ou soubera que esta região é a mais rica em castanha. Não sei onde é que eu estava que não olhava com olhos de ver tudo o que me rodeava. Quando cheguei ao Cadaval deparei-me com mais do mesmo. Será que todos os anos que fui a casa do tio Augusto nunca me deu para conhecer os terrenos à volta da casa?
Hoje andei aos figos lampos. Aos pêssegos e peras.
A mesa do tio é farta. A tia é um amor e trata toda a gente a pão-de-ló. Mal acabámos de almoçar e já estávamos de volta de camarões, presunto, bola de carne, queijo, salpicão e económicos. E eu que ando a antinflamatórios já ia no terceiro copo ( pequenino ) de espumante tinto ( achava que não gostava do tinto ) quando me lembrei que ando a tomar medicamentos.
Hoje pude ouvir mais umas estórias do sô santos e mais uma vez a tia Fernanda repetiu que o cunhado era um homem muito bonito e trabalhador e quando ainda era solteiro ia aos serões para casa dos pais da tia Fernanda que era uma miúda e não sonhava que se casaria com o Augusto, irmão do sô Santos.
Mais uma vez, ansiosamente esperei este dia para rever os meus tios e passar umas horas com eles e mais uma vez fiquei quebrada, triste e a perguntar-me porque tem de ser assim.
Porque passo eu a minha vida andando de um lado para o outro, correndo atrás do que me faz bem e me dá alegria, paz e tranquilidade??! Porque diabo não tenho tudo de mão beijada? Porque não nasci eu com o cu virado para a lua?
Se me perguntassem se preferia não ir, para não ter que voltar e virar costas às pessoas que amo tanto, claro que prefiro sempre ir, estar e dizer adeus quando o tempo se esgota, mas nesse acto não devia ser preciso sofrimento, sensação de perda e de abatimento, de tristeza e saudade.
Hoje o dia foi de despedida de Agosto. A noite chegou mais cedo. Não há nada a fazer. O verão está nas despedidas. Como eu. E como eu há uma certa tristeza no ar, nos pingos da chuva a que não escapo, no vento que sopra mais frio vindo da raia de Espanha e que me faz tremer de frio ou de febre que ainda ameaça, e no galopar dos dias a caminho de dias diferentes destes que tenho passado.
Hoje fiquei da cor do outono que ainda não chegou. Porque tive de começar com as despedidas. Tal como o verão...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

peixe do rio come-se aqui







Peixe do rio, frito, come-se aqui, com migas de pão, quer dizer, açorda, que é o que era.
Muito perto da foz do rio Sabor.

as minhas férias, os meus dias

foto tukayana.blogspotChove em Chaves. O céu está carregado. Cheira a terra molhada. As montanhas ao longe lembram os montes do Funchal, com as nuvens a parecerem ovelhinhas como lhe chamam, andando baixas, a caminho não sei de onde, procurando não sei o quê. E eu estou tão bem! A dor de cabeça desapareceu, o nariz continua a correr, num pingo que não me atormenta e a garganta deixou de doer. Não tenho febre e estou para as curvas e rectas, com a minha prima. O café de manhã e de tarde é como assinar o ponto, ai credo, que isso lembra-me trabalho e eu esqueci-me que ainda não me reformei, jesus maria, do que eu me fui lembrar...
O grupo de amigas da Leonor é castiço e já me saúda como se fosse mais uma delas e até me trata por Clarinha, a Matilde, que esteve connosco no peixe do rio, na foz do Sabor e no SPA de Alfândega.
A cidade foi passada a pente fino, e se de algumas zonas me lembrava, outras há de que não tinha memória. Está muito bonita e cuidada. Um primor esta cidade de Trás-os-Montes.
Hoje para além do resto, fui às termas. E bebi o copo de água que sai a ferver. Temi pelo meu intestino e ainda me armei em pessimista e pensei que tinha que fugir dali a correr e entrar no hotel em frente caso a tripa não gostasse da água das termas, mas não. Correu tudo bem, apesar da minha colite não se dar com águas quentes.
Não tenho comido asneiras nenhumas, não daquelas que se fazem com os dedos, mas das que fazem mal à vesícula. Tenho comido comida que as pessoas normais comem. Nem sequer toquei ainda nos pastéis de Chaves que não são senão feitos de massa folhada e um recheio de carne. Comi-os quentinhos acabados de fazer, lá na aldeia e pronto, deixei-me ficar por ali. Na aldeia asneirei que nem me quero lembrar, mas também, com a Sofia, a Bibi, o Miguel e o Rui ( marido da Bibi ) a cada dia a fazerem petisco para o jantar, não dava para dizer que não. E licores? Foi um chorar por mais que um cálice era pouco. E como estávamos para a prova ele foi, de canela, de figo, de ameixa, até descer às pernas e subir à cabeça.
Estou a adorar estar com a minha prima e com o Diogo, o marido. Os três apenas. Estou a adorar voltar a ter a minha prima Leonor do tempo de Bragança, aquele tempo acabado de conhecer, das farras e dos passeios, da descoberta de uma cidade como Bragança, tão cheia de gente nova e estudantil. Tão moderna e virada para o festim.
Enfim, estou a adorar as minhas férias, um pouco, muito, diferentes do costume.
Tem sido bom demais estar em Trás-os-Montes com esta família que me diz tanto. Amanhã irei até aos meus tios, lá para os lados de Murça. Tio Augusto e tia Fernanda. Vi-os no dia 15 em Alcanena quando foram ao funeral de um familiar nosso. Mas a Leonor nem me deixaria ir para baixo sem irmos visitá-los.
É assim a santa vidinha de quem está de férias e veio a Trás-os-Montes receber colo. E tenho-o tido, mas de que maneira...

da Régua para o Pinhão

foto tukayana.blogspot




















a ponte romana

foto tukayana.blogspot Chaves está bem e recomenda-se.
Já eu, andei um pouco doente todo o dia depois de uma noite de truz que até febre fiz, para além de não conseguir respirar. Nada que afinal o brufen nao resolvesse.
Andei na cidade a revê-la pois, seguramente, há mais de dez anos não vinha aqui.

rindo

foto tukayana.blogspot Hoje recordando a Gouveia, que está na foto, dizia-me a Leonor que às vezes, quando vai para a aldeia passar uns dias como desta vez foi, vêm oferecer-lhe uma courgete e chamam-lhe:
Projecto, alguns. Outros, gorjeta e ainda outros, gourgete.
Diz que não se pode rir mas sendo ela professora lhe dá vontade de os emendar, mas é gente de muita idade e levariam a mal, mas muito lhe custa prender o riso.
Hoje, em casa, só as duas, é que foi, uma barrigada de riso à conta de uns e de outros na sua louca e santa ignorância.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

navegando Douro acima

foto tukayana.blogspotEste é um dos barcos que sobe o Douro até à foz do Sabor, este últmo rio perto do concelho de Alfândega da Fé.

Viajando do Porto para cima



























Do Porto à Régua, de comboio.
Uma viagem muito bonita. E rápida. Sobretudo se se sentarem ao lado de um senhor de 79 anos de nome Manuel Amorim Pereira da Silva, natural de Marco de Canaveses, reformado da polícia, sub-chefe e ex-sinaleiro no Porto. Casado, sem filhos, que viajou para o Pocinho para encontrar a esposa que o esperava, vindo do Porto de uns exames e análises e que nunca se calou.
E fiquei a saber muito mais que isto. Também, quem me mandou chegar ao lugar vinda recambiada de outro lugar cuja companhia não me agradou mesmo nada pois a criatura era muito penteadinha, fato preto e sapatos pretos muito bicudos daqueles, mata barata na esquina? E assim que pude, passei-me para o lugar ao lado do Amorim e pedi-lhe licença para me sentar pois que o ex-sinaleiro tinha o jornal a repousar no lugar ao lado dele ou quem sabe a fingir marcar lugar para que ninguém o incomodasse. Assim que me sentei e reparei que os lugares tinham número e letra perguntei-lhe se eram marcados e o senhor muito simpático explicou-me tão ou mais pormenorizadamente que eu explicaria. Bem feita, para eu perceber as sécas que dou.
E depois foi um ver se te avias de conversa, converseta e outras explanações. Julgava que sairia no Marco de Canaveses já que era de lá. Aí é que me enganei. Eu estava á lamira do lugar dele, junto à janela, para as fotografias. O pica chegou e eu perguntei-lhe se teria que mudar na Régua. - Não, minha senhora, é directo para o Pocinho apesar de estar indicada a mudança.
O senhor Amorim esclareceu-me ainda melhor adiantando que também ia para o Pocinho. Ia caindo de cú. Não queria acreditar que aquela matraca não se iria calar durante mais de 4, 30 horas. Para além de estar sentada à janela. Arquitectei um plano para o arrancar do lugar e convencê-lo a trocar comigo. Não foi necessário. Quando me viu puxar da máquina, disse: Quer sentar-se aqui? Nem pensei um segundo. Quero sim, disse, só para tirar umas fotografias. E mudámos. E nunca mais recuperou o lugar nem lhe perguntei se o queria de volta. Uma maldade, mas acho que o senhor não se ralou. De vez em quando dizia: Estou a maçá-la? - Não, que idéia. Dizia eu a fazer figas nas costas e a levantar um pé. Quando tirou uma maçã de um saco plástico perguntou-me se queria uma, que tinha mais no saco. Quando eu resolvi comer e tirar uma barra de cereais, ofereci-lhe uma mas como calculava barras de cereais não são para homens do tipo do sr. Amorim, sub-chefe da polícia e ex-sinaleiro.
A partir da Régua foi-se calando e fechando os olhos, para dormitar e eu fui tirando as minhas fotografias e não dei pelo tempo passar. De vez em quando dizia-me algo sobre cada região, estação ou costumes daqueles lugares, das vinhas, das quintas e dos montes. Do rio e dos barcos.
Como entraram muitos turistas na Régua ele preveniu-me que o rio mudava de margem ( o comboio é que passava para o lado contrário ) e que se quisesse tirar fotografias tinha que me mudar para o lado esquerdo do comboio. E nessa altura o senhor simpaticamente disse-me: Se a senhora quiser eu vou marcar-lhe o lugar para depois tirar as fotografias. Disse-lhe que não mas ele insistiu por várias vezes. Não foi preciso. Eu acabei por ter um lugar onde quis.
Quando se despediu de mim desejou-me tudo de bom e eu a ele. Naturalmente nunca mais verei o sr. Amorim.
Foram quatro horas e meia que nem uma matraca, a buzinar-me aos ouvidos estórias do " tempo "dele e a fazer-me perguntas também.
Mas no fundo, no fundo gostei deste companheiro de viagem pois se assim não fosse, não lhe teria dado trela.
E foi assim que viajei do Porto para o Pocinho quase sem dar por isso. As fotos apenas são até à Régua, sendo que a viagem mais bonita quanto a mim é da Régua para o Pocinho.

família

A Bibi, é uma priminha linda e muito amiga. Psicóloga de formação, uma mãe perfeita, uma filha amorosa e uma mulher fantástica. Sempre foi uma pessoa linda, desde pequenina.
Já desceu no mapa para a cidade onde vive e mais uma vez à semelhança do que sempre me acontece quando estou, sinto uma gande saudade e uma pena imensa de não viver no dia a dia com estas pessoas que são do meu sangue e que me fazem tanta falta se não estão na minha vida.
Também a Sofia e o Miguel partiram mais cedo para as suas vidas que têm fora de Trás-os-Montes e para sul. A Leonor tem uma família linda, e merece-o porque é uma guerreira. Os laços fortes a unir-nos entrelaçaram-se ainda não nos conheciamos e ela em trás-os-montes, quando estudava em Moncorvo e depois em Bragança e eu em Luanda. Durante um mês e meio. em 75, vivemos na Gouveia e os laços consolidaram-se de tal forma que hoje somos amigas para além de primas num afecto verdadeiro e para sempre.
Na noite em que o serão foi preenchido com a feitura dos económicos ela lembrou quem estava; filhos, genro, nora, netos, irmã /( a minha prima Lucília ) marido e sobrinhos que tinha 19 anos quando comeu pela primeira vez puré de batata a acompanhar os bifes que a mãe fizera. E esse puré de batata fora feito por mim.
Há coisas na vida que nos aquecem a alma. A memória da Leonor para um mimo meu que a marcou, fez-me um afago na alma.
A foto, esta, foi tirada pela Bibi que fez questão de me mostrar tudo o que há por aqui, para ver, que considera digno de ser visto. Algumas paisagens, esta por exemplo, já eu a conhecia, mas isto é tão lindo, tão forte que emociona a cada vez que me deparo com esta bela paisagem. O grupo que connosco andou era de Chaves, e uma das senhoras emocionou-se tanto que até chorou.
Este é o Vale da Vilariça. A menina dos olhos bonitos dos transmontanos.

domingo, 28 de agosto de 2011

na cidade

foto tukayana.blogspotDo miradouro de S. Lourenço vê-se Chaves.
Aqui está essa cidade onde vou ficar uns dias. Já cá estou. Disse adeus à Gouveia. Foi suficiente o tempo que lá estive que não foi quase nenhum.
Uma casa cheia como aquela onde estive é uma alegria mas quando os primeiros foram embora e depois os segundos e hoje de manhã os terceiros, a casa ficou tão vazia que para mim a aldeia já dera tudo o que tinha para dar.
Tem sido uma movida transmontana, estes dias. Desde ir conhecer miradouros, santuários, igrejas e ermidas, a foz do Sabor, a barragem, o restaurante do peixe do rio, frito, o SPA de Alfândega, a festa de uma aldeia ali perto, na Adeganha, a viajar hoje por Vila Flor, Mirandela, Valpaços, foi feito tudo o que foi possível e o possível tem sido muito.
Hoje acordei doente. De tal forma que me vou deitar, porque amanhã Chaves me aguarda e tenho que melhorar.
O que tenho? Não sei. Se gripe, se alergia ou constipação. Seja o que fôr é mau, porque estou cheia de dores no corpo, doi-me muito a garganta, oiço mal, os olhos ardem-me e tenho sono. Então, até amanhã e boa noite.

receita de económicos

Bolos Económicos ( de trás-os-montes )

12 ovos inteiros que se batem com 1 quilo de açúcar, meia chávena de sumo de laranja, 1 litro de leite, 1/2 litro de águardente, 1/2 litro de azeite, 1 colher de sopa de bicabornato de sódio, e farinha ( mais ou menos 3 pacotes de quilo ). A farinha vai-se pondo até a massa estar capaz de se fazerem os bolos sem espalmarem como bolachas.
Pincelam-se os bolos e coloca-se açúcar ( numa mão cheia ) por cima.
O forno tem de estar bastante quente e o tabuleiro enfarinhado.
Aconselho metade da receita.
Bom apetite.

fazendo económicos

fotos tukayana.blogspot





Económicos, sabem o que é? Estes bolos óptimos que se fazem em trás-os-montes e dos quais eu tinha tantas saudades. Na Páscoa em casa do tio Augusto comia-os ao pequeno almoço sentada no escano, na cozinha, ao lume, nas manhãs de Março, Abril. Já lá vão vinte anos ou mais.
A Bibi lembrou-se deles em Alfândega. No supermercado chamam-lhe bolos de leite. São caros, pequenos e poucos. A Leonor disse: Logo à noite vamos fazê-los.
E se o disse melhor o fez. Depois da receita nas nossas mãos, foi um ver se te avias de tudo o que impedisse a feitura dos bolos mais conhecidos de terras de trás-os-montes.
Económicos...
Eu apenas os vi fazer e escrevi a receita. Depois, provei os da primeira fornalha. E os da segunda e por aí adiante.
As cozinheiras foram a Leonor, a Bibi, a Beta e a Lucília.
Parabéns meninas. A tia Ester mais tarde, dando o seu avale - Muito bons!
Como se calcula temos dado um avio ao económicos que se não páro ainda os enjôo.

na memóra dos homens com memória

foto tukayana.blogspotEstávamos à volta de uma mesa retangular, no terraço da casa, mesa essa cheia de presunto, queijo, pão, azeitonas, bolo de noz, económicos, e também uvas trazidas pela tia Ester da Leonor. Da sua latada.
Conheço-a desde que cheguei de Angola. É irmã da tia Lurdes, essa minha tia também. Vive na última casa da aldeia e nem sempre a vejo, se vou à aldeia. Já não a via há uns anos. Olhou para mim e disse a apontar na minha direcção: Esta senhora, esta senhora quem é?
- Veja lá se sabe tia Ester, disse a minha prima Leonor.
- É a filha do Leopoldino, não é?
- Sou sim.
- Tirei-a pela pinta. Não podia ser mais parecida.
- Tia Ester, diga lá à minha prima como é que era o tio Leopoldino.
- Carai, o Leopoldino cantava e dançava muito bem. E olhando para mim diz: Cantava tão bem o seu pai!
E eu que tinha bebido um copo de vinho verde fresquíssimo e não contente dividi uma cerveja com a Bibi, não saltei para o colo da tia Ester da leonor, mas apeteceu-me cobri-la de beijos.
Estou numa aldeia perdida do trás-os-montes profundo, mas não é uma aldeia qualquer. É a terra onde nasceu o sô santos e passados 86 anos do seu nascimento ainda há quem ateste por sua honra o conhecimento que tem do meu pai abonando em seu favor e fazendo dele um ser especial que sempre o foi para mim. Mas é tão bom ouvir estas coisas, como bom foi ouvir a Leonor dizer: O teu pai era o ídolo das raparigas do Sendim da Serra. ( aldeia vizinha onde os meus avós foram caseiros numa quinta de um doutor qualquer que tinha uma quinta ) - Porquê? perguntei, desconfiando da resposta. - Era um rapaz muito alto, moreno e bonito e depois cantava e dançava muito bem, para além de ser muito trabalhador. Carregava um carro de bois, de feno, trigo, pão, como ninguém. Toda a gente o dizia.
Passaram tantos anos mas o sô santos, no caso o Leopoldino, filho da senhora Clara é lembrado por todos com um brilhozinho nos olhos de quem dele fala.
- Filha do Leopoldino? Não conheço, mas o seu pai conheci muito bem, disseram-me várias pessoas, incluindo gente que esteve connosco em Luanda e que eu não lembrava.
- Era pequenina, é natural que não se lembre. Fiquei em sua casa quando fui daqui. Ou ainda, éramos amigos do seu pai e da sua mãe. É a Clara? Como o tempo passa...
O tempo passou, mas o meu pai pertence aqui, onde existe a memória.
Ninguém morre enquanto dele se lembrarem os homens com memória.

amarelo, violeta e azul

foto tukayana.blogspot A amarelo, violeta e azul, o horizonte neste sábado que terminou, ofereceu-nos uma imagem poderosa de beleza e sedução. Se o sol fosse alguém lhe daria os parabéns e lhe agradeceria a possibilidade de contemplar a partir destas terras de montes, pedras, rios e serras, em êxtase a partida dele, o astro que hoje reinou em terras de trás-os-montes.

olha eu...

Olha eu!!!! Atenta que estava à conversa . Ou não. Se quiser fazer uma leitura correcta da minha expressão, não sei não... é melhor ficar por aqui, porque estou com cara de embirrante. E estava tudo bem, por isso não sei, mesmo, só se fosse com a empregada ou patroa que nos serviu ou pôs a servir.
Sei que a foto tinha de ser à mesa. Não faço a coisa por menos.
Foi a Bibi ( Bárbara ) minha prima, um amor de menina um pouco mais velha que as minhas crias, que ma tirou.
Éramos 16; 15 adultos e criança só o Rodrigo, filho da Bibi. Eram amigos da Leonor e ex-colegas, muitos do ensino, como ela. Vieram de Chaves, a convite, para irmos comer peixe do rio a um restaurante típico. E foi lá que a fotografia me captou. Felismente que acabara de comer. Salada de tomate, migas e peixe do rio, frito. E já tinha aplicado um gel sobre 4 nódoas, molho para o peixe. Mais do costume...na falta de alguém que me dissesse - sempre a mesma coisa, maria clara, sempre a mesma coisa - acompanhado de um virar e acenar com a cabeça, encolhi os ombros e apliquei o gel que não conhecia, ainda foi bom meter nódoas. Ah, já sei, ou desconfio. Aquela cara podia ser talvez de estar toda pintalgada de laranja do dito molho. Talvez!
Entre as pessoas do grupo estava alguém que conheci, que me vai dar uma ajuda preciosa nessa coisa da contagem de tempo e da simulação a ver quanto ficarei a receber se pedir agora a reforma.
Carago, faziamos dentro em breve outro almoço com os mesmos para comemorarmos a minha saída. Ó se faziamos!
Por enquanto, na engorda nestas terras de deus, já com saudades de gente que amanhã irá descer no mapa.

sábado, 27 de agosto de 2011

de volta ao meu aconchego...

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pastoreando





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o rio e a paisagem

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O Rio Douro entre a Régua e Pocinho.

a caminho do Pocinho